D'ale acaba com o jogo: Dois gols, um passe e virada sobre o Avaí

D'ale acaba com o jogo: Dois gols, um passe e virada sobre o Avaí

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:24

Destruidor: D'Alessandro acaba com o jogo no

Beira-Rio (Foto: Marcos Nagelstein / VIPCOMM)     Para se resumir um camisa 10, pegue-se a atuação de Andrés D’Alessandro no segundo tempo da vitória de 4 a 2 do Inter sobre o Avaí. Peguem-se a movimentação, os dribles e as arrancadas. Peguem-se os dois gols. Pegue-se o passe para mais um. O argentino acabou com o jogo em 45 minutos na tarde deste domingo, virou um jogo que tinha ares de tragédia para os colorados, aproximou o time gaúcho da zona da Libertadores e complicou de vez a vida dos catarinenses.

Foi uma das maiores atuações de D’Alessandro pelo Inter. O Colorado saiu perdendo no primeiro tempo, empatou com o argentino, voltou a ficar em desvantagem e alcançou nova igualdade com outro gol do camisa 10. Kleber, em passe do gringo, e Nei, cobrando falta, fecharam o placar. Robinho e William fizeram para o Avaí.

O resultado ergue o Inter na tabela. Já são 47 pontos, ainda em sétimo, mas agora a três pontos da zona de classificação para a Libertadores. O Avaí, com 26, segue em penúltimo.

Avaí na frente

Se Jô fosse um centímetro mais alto, se o passe de João Paulo fosse um centímetro mais baixo, se o zagueiro estivesse um centímetro mais longe, sabe-se lá como teria sido o primeiro tempo no Beira-Rio. Detalhes tão grandes. O centroavante não alcançou a bola cedo no jogo, logo com dois minutos, e perdeu a chance de colocar o Inter em uma vantagem que, dado o desespero do Avaí, poderia ser conclusiva. Mas não aconteceu. E quem fechou a etapa inicial na frente foi o time catarinense.

O Avaí ofereceu ao Inter uma overdose de seu maior veneno: saída rápida, envolvendo o trio Robinho, Cleverson e William, geralmente pelo lado direito de ataque. Aconteceu repetidas vezes. Na primeira delas, a bola entrou. Cleverson cruzou para Robinho, na pequena área, desviar para o gol.

Eram oito minutos. O Inter tinha uma eternidade para buscar o empate e alicerçar a virada. Mas gastou o tempo tropeçando nas próprias pernas.O trio de articulação esteve embolado – e bem marcado. João Paulo mais errou do que acertou. D’Alessandro correu, correu, correu, mas não produziu o habitual. Andrezinho foi o mais sóbrio na região, mas não o suficiente para levar a equipe a marcar.

Depois de fazer o gol, o Avaí aumentou a carga de marcação, firmou passo mais firme no campo de defesa. O Inter tomou conta do gramado. Poderia ter empatado com João Paulo, que chutou fraco, com Andrezinho, que mandou cobrança de falta no ângulo (Felipe espalmou), com D’Alessandro, que bateu para fora, com Jô, que girou por cima. Poderia, mas não fez. E o Avaí foi para o vestiário com a vitória parcial.

Só D'Alessandro salva

Dorival Júnior tinha uma arma na reserva. A exigência de uma virada convenceu o treinador a fazer Oscar migrar do banco para o campo. O jogador da Seleção Brasileirou entrou no lugar de Andrezinho. Mas quem resolveu tomar conta do jogo foi D’Alessandro.

E quando D’Alessandro toma conta de um jogo, não faz pouca coisa. Com sete minutos, o argentino encaixou o corpo para cobrança de falta pelo lado direito de ataque. Ele desviou a bola da barreira e fez com que ela morresse no canto inverso. Era o empate vermelho.

D’Alessandro, D’Alessandro e mais D’Alessandro. O gol carregou no colo outras duas chances protagonizadas pelo camisa 10. Na primeira, ele cruzou da direita para Jô, muito mal no jogo, cabecear para fora; na segunda, recebeu de João Paulo e bateu por cima. Quase.

Estava armada a estrutura da virada colorada. E ela desabou feito um castelo de cartas. Em uma rara escapulida ao ataque, o Avaí foi presenteado com um pênalti. Guiñazu derrubou Leandrinho na área. William mandou uma pancada para recolocar a equipe visitante na frente.

Só D’Alessandro poderia salvar o Inter. Ninguém mais. Oscar encontrou o argentino na entrada da área. Ele olhou para o gol com olhos de quem vai marcar. E marcou. Chute de canhota, forte, certeiro: novo empate no Beira-Rio.

Empate? Empate coisa nenhuma. D’Alessandro, sempre D’Alessandro, eternamente D’Alessandro, pegou a bola pelo lado esquerdo, como se fosse lateral, e viu a entrada de Kleber, como se fosse meia. O passe encontrou o camisa 6. O camisa 6 encontrou o gol. Incrível: o Inter virava no Beira-Rio.

E tinha mais. Não de D’Alessandro, porque nem tudo precisa ser dele. Nei, em cobrança de falta, ampliou o placar, assassinou os temores vermelhos, alimentou as esperanças. A Libertadores está visível na frente do Inter. E o Inter tem Andrés D’Alessandro.                 Vídeo: Youtube

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