Disparidade em relação ao trabalho de Mano prejudicou Adilson no Timão

Desde janeiro de 2008, quando contratou Mano Menezes para levar o time de volta à elite do futebol brasileiro, o Corinthians se acostumou com a regularidade. Sob o comando do agora técnico da Seleção Brasileira foram três títulos e poucos momentos de crise. Nenhum extremo. Com Adilson Batista foi diferente. A queda de rendimento foi fatal, principalmente se comparada à antiga gestão do time.

Levando em conta apenas o Campeonato Brasileiro, a diferença é grande. Com Mano Menezes, o Timão fez 11 jogos, com sete vitórias, três empates e uma derrota, aproveitamento de 72,7%. Sob a batuta de Adilson Batista foram 17 jogos, sete vitórias, quatro empates e seis derrotas, desempenho de 49%.

- Peço desculpas ao torcedor por ter assumido o time na primeira posição e estar deixando em terceiro. Acho que o Corinthians ainda tem chance de ser campeão. Vou torcer pelos meninos – declarou o ex-comandante do Alvinegro. Realmente, o Timão segue com chances de ser campeão. Mas como alguns jogadores declararam, o título pode ter escapado entre os dedos. Com um jogo a menos em relação aos rivais diretos na briga pela ponta, a situação do Corinthians era confortável até essa sequência de cinco jogos sem vencer. Para se ter uma ideia, se vencesse o Atlético-GO e conseguisse repetir o triunfo com o Vasco na próxima quarta-feira, no cumprimento do jogo atrasado, lá estaria o Timão na liderança novamente. Mas agora o máximo que pode conseguir é retomar a segunda colocação e ficar a dois pontos do novo líder, o Cruzeiro.

- O futebol é complexo. Não é simples, não. Estou há três anos no departamento de futebol do Corinthians e ainda não entendo nada – declarou o diretor de futebol Mário Gobbi Filho, responsável pelo anúncio da saída de Adilson Batista.

Começa agora a correria atrás de um novo treinador. A diretoria alvinegra ainda não divulgou sequer o perfil, mas deve anunciar oficialmente ainda esta semana.