Em clássico violento, Figueira para no Avaí e vai à Sul-Americana

Em partida com muita violência e pouca qualidade, Avaí e Figueirense ficaram no 1 a 1 na Ressacada, neste domingo. Já rebaixado, o Leão pelo menos saiu com o gostinho de ver o maior rival não obter a sonhada classificação para a Libertadores. Porém, nem mesmo uma vitória classificaria o Figueira para a competição, pois não houve a combinação de resultados necessária. O time, que fez o último jogo sob o comando de Jorginho, vai disputar a Copa Sul-Americana em 2012. Diogo Orlando, para o Avaí, e Héber, para os visitantes, marcaram os gols.

Etapa inicial: violência e gol protagonizado por 'brigões'

Lutador até demais, o Avaí entrou em campo disposto a impedir qualquer chance do rival jogar a principal competição do continente em 2012. Violento, Welton Felipe atingiu Elias, fazendo um corte no adversário. Depois, deu um tostão em Wellington Nem. O garoto perdeu mobilidade e acabou pedindo para sair - Héber o substituiu, aos 28 minutos.

Depois de muita pancada dos avaianos, Roger, do Figueira, revidou, tirando sangue de Lincoln em um choque. A tônica do jogo até os 21 minutos era essa: só violência. Neste período, os alvinegros foram mais ofensivos e só levaram perigo num belo chute de Elias.

Quando resolveu jogar bola, o Avaí começou a chegar mais à frente e conseguiu abrir o placar. Aos 44 minutos, curiosamente os dois jogadores que trocaram agressões durante a derrota para o Vasco (na 36ª rodada) protagonizaram a jogada do gol: Lincoln cruzou, a zaga furou e Diogo Orlando, de pé esquerdo, colocou no fundo da rede: 1 a 0.

Reação-relâmpago no segundo tempo

Com pouco menos de um minuto, Héber recebeu bola na esquerda, tirou dois adversários com dribles desconcertantes e soltou a bomba. Um golaço: 1 a 1.

O Figueira cresceu demais e quase virou aos quatro minutos, quando Maicon, também em bonita jogada individual, livrou-se de vários defensores e, com um lindo toque, fez a bola beijar a trave esquerda de Moretto.

Aos oito minutos, Cleber Wellington Abade, que economizou cartões em lances violentos na etapa inicial, exagerou e expulsou Júlio César por um leve toque no rosto de Arlan. Um vermelho injusto.

Mesmo com um a menos, o Alvinegro continuava assustando. Um minuto após entrar em campo no lugar de Elias, aos 13, o ídolo Fernandes soltou uma bomba da intermediária e obrigou Moretto a fazer boa defesa.

O Figueira era só coração e, mesmo cansado, lançava-se ao ataque. O Avaí, por sua vez, explorava as brechas deixadas no campo de defesa alvinegro. Finalizações de perigo, entretanto, pouco aconteciam. Pelo Leão, Pará chegou mais perto, em um chute cruzado. Já os alvinegros se aproximaram em jogada coletiva, mas Fernandes não concluiu bem.

O último suspiro na tentativa de ficar com uma vaga na Libertadores veio aos 40. Maicon cobrou escanteio, e Edson Silva, com o pé direito, tirou tinta da trave esquerda. No contra-ataque, Roger cometeu falta na entrada da área do Figueira. Pará cobrou bem, e Wilson teve de se esticar para pegar e evitar a derrota.             Vídeo: Youtube