Emerson marca, é expulso, e Timão volta à liderança ao bater o Bahia

Emerson marca, é expulso, e Timão volta à liderança ao bater o Bahia

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:26

A vida do Corinthians não tem sido fácil nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. E não seria diferente nem mesmo em um Pacaembu cheio, diante do Bahia, adversário que está na parte de baixo da tabela. Coube a Emerson fazer o papel de centroavante, resolver e fazer o gol da vitória alvinegra por 1 a 0, neste domingo. O resultado colocou a equipe na vice-liderança e a dois pontos do líder Vasco na competição.

Nas tribunas, o aposentado Ronaldo e o machucado Adriano sofreram durante os 90 minutos. De casa, o lesionado Liedson também sabe que fez falta. Incendiário, o Sheik foi o nome do jogo para o bem e para o mal - herói do gol e expulso no fim.

Sem Liedson e Adriano, o Timão teve enorme dificuldade com a falta de uma referência no ataque. Pelo menos a vitória veio: com 47 pontos, a vice-liderança voltou graças ao empate por 2 a 2 entre São Paulo e Botafogo. Na hora da dificuldade, importante para o Corinthians é vencer e se manter na briga pelo título.

Do outro lado, o Bahia ofereceu dificuldades, acertou até bola no travessão, mas não conseguiu sair do Pacaembu com um pontinho sequer. O time permanece com 30 pontos e vê quebrada uma sequência de duas vitórias seguidas. A preocupação ainda é com a fuga da zona de rebaixamento.

Na próxima rodada, o Timão visita o Vasco em São Januário, domingo, às 16h (de Brasília). No sábado, às 18h, o Bahia recebe o Avaí.

A falta que um 9 faz...

Sem Liedson, o Timão tentou investir pelos lados do campo desde o apito inicial. Mas faltava a referência na área. No ataque, Willian caía pela direita, mas sofria com a forte marcação. Já Emerson Sheik tentou fazer o papel de armador – se a bola não chegou até ele, restou buscá-la  no meio-campo e criar algo. Sem sucesso.

Joel Santana já venceu o Corinthians no Pacaembu neste Brasileirão, pelo Cruzeiro. E usou da mesma arma para repetir o resultado: marcação forte, com pelo menos nove homens atrás da linha da bola. Deu tão certo que o Bahia ainda se arriscou lá na frente e ficou mais próximo do gol do que o rival. Júnior acertou uma cabeçada no travessão e, na sobra, Titi exigiu defesaça de Julio Cesar. Com jogadores altos, o time visitante explorou justamente a principal deficiência da defesa alvinegra: a bola aérea, responsável por quase metade dos gols sofridos pelo Timão no campeonato.

O Corinthians teve certo volume de jogo, ficou mais tempo com a bola (57% contra 43% do rival), mas sentiu falta da referência representada por Liedson. A falta do homem de área desarrumou todo o esquema ofensivo. Alex e Danilo, longe um do outro, sumiram em campo. Sem Paulinho, suspenso, Tite perdeu seu elemento surpresa: Edenílson ficou mais restrito à defesa.

Nas arquibancadas, a apreensão tomou conta do torcedor comum, de Andrés, Ronaldo, Adriano... Festa mesmo só com gols que saíam a mais de 400 quilômetros do Pacaembu, no Rio de Janeiro. O Botafogo abria 2 a 0 sobre o São Paulo, com dois de Loco Abreu.     Alessandro, do Corinthians, protege a bola de Carlos Alberto, do Bahia (Foto: Futura Press)     Sem o 9, mas com o 11

Tite não mudou as peças, mas sim o posicionamento delas no segundo tempo. Alex encostou em Sheik pelo lado esquerdo, enquanto Danilo e Willian tentavam parceria pela direita. Mas o buraco lá no meio da área permanecia, sem ninguém para aproveitar, e o Timão seguia tocando a bola e ensaiando um falso domínio – bola no pé, mas chance zero de gol.

E a torcida se irritava. Alguns já vaiavam Alex, muito abaixo de seu rendimento normal. A sorte só mudou quando Emerson foi para a área. Aí, o esquema ficou parecido com aquele normalmente utilizado por Tite – com o Sheik fazendo o papel de Liedson, só aguardando a bola certeira. A mudança simples de posicionamento surtiu efeito em poucos minutos: aos 13, Alex cruzou da esquerda, Titi desviou para trás e quem estava sozinho no bico da área? Sheik.

Simples, de chapa, como um autêntico centroavante, Emerson abriu o placar e trouxe o alívio. Ele virou personagem em um jogo que voltou a ser morno depois dos 20 minutos. Na defesa, o jogo aéreo foi bem controlado e o “chato” Júnior não incomodou mais. No ataque, o Sheik incendiou: belos dribles e jogadas, mas também uma entrada duríssima em Maranhão, que rendeu uma discussão com Joel Santana, e uma expulsão provocada após tentativa de cera e novo entrevero, desta vez com o árbitro Evandro Rogério Roman.

Contra o Vasco, Emerson estará suspenso. Mas, ao menos neste domingo, ele resolveu e colocou o Timão na vice-liderança. Na semana que vem, é duelo direto pela ponta da tabela.                

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