Fla e Botafogo esquecem emoções recentes: primeiro 0 a 0 do Brasileiro

Fla e Botafogo esquecem emoções recentes: primeiro 0 a 0 do Brasileiro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:38

Flamengo e Botafogo se acostumaram a protagonizar grandes clássicos nos últimos anos, com muitos gols e emoção de sobra. Neste domingo, os rivais fizeram um duelo pálido, triste. Bem abaixo do que sugeria o bom começo de campeonato alvinegro e o preço do elenco rubro-negro. O resultado foi um 0 a 0 fiel ao que se viu em campo. Foi o primeiro jogo sem gols no Brasileirão deste ano. Placar que tira parte da confiança do Botafogo e abala de vez um Flamengo que passou a ter o empate como seu resultado padrão.

Na próxima rodada, o Flamengo recebe o Atlético-MG, sábado, no Engenhão. No dia seguinte e no mesmo estádio, o Botafogo duela com o Grêmio.

Fla fica com um a menos no primeiro tempo

O Botafogo iniciou a partida forçando a jogada pela ponta esquerda. Ora com Cortês, ora com Everton. Léo Moura sofreu na marcação e teve de contar com o auxílio de David Braz no setor. O Alvinegro era mais perigoso, porém, o esquema com apenas Herrera no ataque dificultou a conclusão das jogadas.

R10 e Fábio Ferreira: clássico de penteados ousados e futebol modesto (Foto: Alexandre Vidal - Fla Imagem)  

Padecendo dos mesmos males de outras partidas (excesso de passes errados, falta de um articulador e atacantes isolados), o Flamengo mal conseguiu passar do meio-campo nos 20 minutos iniciais. A primeira chance foi aos 22, quando Jefferson se enrolou com Fábio Ferreira e a bola sobrou para Diego Maurício. Desequilibrado, o atacante chutou fraco e Alessandro não teve dificuldade para salvar.

 A atuação ruim rubro-negra teve mais um obstáculo quando Bottinelli se jogou na área em disputa com Cortês e recebeu o segundo cartão amarelo do árbitro Felipe Gomes, aos  23.  Mas, mesmo com um jogador a mais, o Botafogo teve dificuldade para pressionar. De positivo, o afinco de Elkeson na marcação e a vontade de Lucas Zen. Nomes que acabaram substituídos no intervalo. A saída de Zen foi para evitar uma possível expulsão, já que havia recebido cartão amarelo. Já a substituição de Elkeson por Alex surpreendeu a torcida. O mesmo aconteceu com os rubro-negros, que viram o Flamengo voltar para o segundo tempo praticamente sem atacante: Diego Maurício deu lugar ao novato volante Luiz Antônio.

Segundo tempo repleto de erros dos dois lados

Com o disperso Ronaldinho Gaúcho isolado na frente, o Flamengo passou a jogar todo fechado, atraindo o Botafogo para seu campo. Alex teve ótima chance em falha de David Braz. Pouco depois, Felipe salvou o Fla em bom chute de Bruno Tiago. O gol do Botafogo parecia questão de tempo. Mas a aparência enganou. O ímpeto parou por ali.

O Flamengo vivia de lances esporádicos, como  uma fraca cabeçada de Luiz Antônio. Era um time lento, previsível, sem alma. Thiago Neves conseguiu finalizar uma bola na lateral: era o resumo perfeito da tarde rubro-negra. Na única chance real da equipe de Luxemburgo, Willians tentou fazer um gol de calcanhar. Mandou para fora. A torcida, que já não acreditava muito no milagre, entregou os pontos de vez.

Para sorte do Flamengo, a inspiração do Botafogo sumiu. Depois de uma pressão  nos primeiros 20 minutos, o time passou a errar passes em sequência, facilitando o trabalho do rival. Aos 30 do segundo tempo, o jogo chegou à marca de 50 passes errados, com 25 para cada lado. Uma estatística que justifica o clássico insosso.

No fim, a partida ganhou um pouquinho de emoção, com os dois times tentando ganhar dois pontos no erro do adversário. Eram dois times tensos. O Botafogo se abria. Luxemburgo lançou Negueba e Wanderley na esperança do gol que o fizesse sair do estádio como um grande estrategista. Tirou Thiago Neves e jogou para o alto a convicção de manter sempre Ronaldinho Gaúcho até o fim. O camisa 10 foi muito vaiado, mais do que na derrota para o Ceará, a única do Flamengo no ano.

Mesmo com as mudanças rubro-negras e o avanço alvinegro, o zero continuou até o fim. E as duas torcidas deixaram o estádio com a sensação de que desperdiçara horas preciosas de suas vidas para assistir a um melancólico espetáculo.     Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

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