Fluminense arranca empate do Atlético- PR e volta à liderança

Fluminense arranca empate do Atlético- PR e volta à liderança

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:09

O placar pode até levar a imaginar que o confronto entre Atlético-PR e Fluminense, neste domingo, na Arena da Baixada, pela 31ª rodada do Brasileirão, foi daqueles de tirar o fôlego e mostrar por que as duas equipes ocupam a parte de cima da tabela. Mas não foi bem assim. Com muita catimba e erros de passe, o duelo foi pautado no meio de campo, e o 2 a 2 se deu mais pela disposição na reta final do que pela inspiração dos jogadores (veja o vídeo com os gols da partida) . Um deles, no entanto, teve uma tarde para esquecer: Washington. Além de chegar a nove jogos sem fazer gols pelo Tricolor – o maior jejum de sua carreira -, o Coração Valente relembrou os velhos tempos e fez a alegria da torcida do Furacão, com um gol contra. Wagner Diniz, Marquinho e Conca completaram o placar. Os episódios negativos para Washington, no entanto, não param por aí. No gol do argentino, ele pegou a bola para cobrar pênalti, para desespero da torcida tricolor, que àquela altura já imaginava mais um erro do atacante. Mas Conca mostrou personalidade, pegou a bola, bateu e empatou o jogo.

Com o resultado, o Fluminense voltou ao primeiro lugar da competição, com 54 pontos, já que o Cruzeiro perdeu para o Atlético-MG por 4 a 3 . O próximo compromisso está marcado para a próxima quinta, às 21h, no Engenhão, contra o Grêmio de Renato Gaúcho.

Já o Atlético-PR não tem muito o que comemorar. Os dois pontos perdidos em casa tiraram a equipe da zona de classificação para a Libertadores. Com 47, agora o Furacão é sétimo e encara o São Paulo, também quinta às 21h, na Arena Barueri.

Confira a classificação atualizada do Brasileirão

Clubes homenageiam Pelé, mas esquecem o futebol

A partida tinha peso decisivo para atleticanos e tricolores no Brasileirão, mas, antes de a bola rolar, a competição ficou em segundo plano. Ambos entraram em campo preocupados em reverenciar o rei. Como forma de homenagear Pelé, que completou 70 anos no sábado, o Furacão exibiu uma faixa com os parabéns pela data, enquanto o Fluminense fez com que duas de suas principais estrelas usassem a camisa 10 com o nome do craque: Muricy Ramalho e o argentino Conca, que deixou a idolatria a Maradona de lado.

Após o apito inicial de Wilson Luiz Seneme, no entanto, o futebol apresentado foi digno de envergonhar o maior jogador de todos os tempos. Burocráticos, Fluminense e Atlético-PR fizeram uma partida marcada por jogadas no meio de campo e muitas faltas. Conca e Paulo Baier não estiveram em seus melhores dias, e os goleiros Ricardo Berna e Neto se transformaram em meros espectadores.

Mesmo fora de casa, o Tricolor suportou bem a pressão do “caldeirão” da Baixada e foi quem mais permaneceu no campo ofensivo. Faltava, porém, qualidade para Washington e Rodriguinho, que não conseguiam finalizar na direção do gol. Apoiado pelo torcedor, o Furacão se mandou de forma objetiva para o ataque somente nos 20 minutos finais, apostando na velocidade de Guerrón e Branquinho. Nada muito eficiente e que resultou em apenas uma boa oportunidade desperdiçada pelo equatoriano.

Bolas paradas ‘acordam’ Neto e Berna

Apesar de o espetáculo em campo não ser dos mais empolgantes, a torcida do Atlético-PR não perdia o pique e gritava incessantemente o nome do clube. Contagiados, os jogadores resolveram se mandar para o ataque a partir do 40 e fizeram, enfim, com que os goleiros trabalhassem. Paulinho para os paranaenses e Washington para os cariocas cobraram faltas com precisão para voos certeiros de Ricardo Berna e Neto. Foi o único acerto de Washington na partida.

Futebol ou judô? Elder Granja e Marquinho disputam bola no primeiro tempo (Foto: Photocâmera)  

Washington ‘encerra’ jejum

Na volta para o segundo tempo, o panorama mudou pouco: as duas equipes continuavam errando bastante no meio e atuavam com uma displicência que não condizia com a importância da partida. Na arquibancada, o torcedor também permanecia inquieto e apoiando o Atlético-PR.

Sonolento, o Fluminense passou a dar espaços na defesa, principalmente pelo lado direito. Foi por ali que Paulinho levou perigo em jogadas de linha de fundo e Branquinho conquistou o escanteio que tirou o primeiro zero do placar, aos 15. Após cobrança fechada de Paulo Baier, Marquinho afastou o perigo, mas a bola voltou para os pés do meia, que  levantou mais uma vez na área. A bola voou e encontrou a cabeça de Washington, maior artilheiro da história do Brasileirão com 34 gols, em 2004, com a camisa do Furacão. O desvio mandou contra o patrimônio: 1 a 0 no placar e gritos irônicos dos torcedores paranaenses para o ex-artilheiro.

A fase do Coração Valente realmente não é das melhores. Como se não bastasse o gol contra, ele completou nove jogos sem balançar a rede a favor do Flu, maior jejum de sua carreira.

A vantagem fez com que o torcedor do Atlético ficasse ainda mais inquieto e o grito de “uh, caldeirão” tomou conta da Arena. Para piorar, o Fluminense aumentou sua lista de lesionados e perdeu Diogo, com uma torção no joelho. Mas foi exatamente com tudo contra que os cariocas mostraram força e conseguiram o empatar, aos 24, quando Diguinho tentou passe para Rodriguinho e a bola sobrou limpa para Marquinho. Com a perna direita (que não é a boa), o apoiador acertou um chutaço no canto esquerdo de Neto.

A igualdade fez com que a partida voltasse ao ritmo morno do início, com toques para o lado e pouca objetividade. Até que, aos 38, Wagner Diniz avançou pela direita e cruzou rasteiro para Nieto. O argentino se enrolou todo, mas a bola voltou para os pés do lateral, que estufou as redes de Ricardo Berna: 2 a 1 e mais gritos enlouquecidos na Arena.

Conca ‘briga’ com Washington, chama a responsabilidade e empata

Sete minutos para o fim, vantagem no placar, torcida apoiando. Tudo estava a favor do Atlético-PR. O Flu, por sua vez, não desistiu e foi buscar a igualdade mais uma vez quatro minutos depois. Em jogada rápida, Tartá, dispensado pelo Furacão no início do Brasileirão, aproveitou descuido da defesa, invadiu a área e recebeu uma trombada do paraguaio Ivan Gonzalez. Pênalti assinalado corretamente, mas que revoltou o torcedor, que trocou o “uh, caldeirão” por “vergonha”.

Enquanto isso, uma dúvida no Flu: quem cobraria o pênalti? Washington abraçou a bola, mas foi impedido por Conca, que chamou a responsabilidade para si e decretou o empate.

- Pedi, sim. A gente tem um bom diálogo - confirmou o argentino, após o jogo.

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