Furacão divulga foto da nova Arena da Baixada e confirma cronograma

Furacão divulga foto da nova Arena da Baixada e confirma cronograma

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:07

Sede da Copa do Mundo em Curitiba, a Arena da Baixada já tem pronto o cronograma de obras para estar adequado às normas da Fifa para receber jogos do Mundial. Certo no planejamento organizado pelo clube é que a partir de junho de 2011, o estádio não receberá mais jogos do Atlético-PR, que terá que procurar um local alternativo para mandar as suas partidas no segundo semestre do ano que vem. Esta semana, a diretoria do clube paranaense divulgou novas fotos, mostrando como será a cara da arena, que passará a ter capacidade para 42 mil torcedores.

O custo total de finalização da Arena deve ser de R$ 140 milhões. Os valores serão rateados entre o clube, o governo do estado e a prefeitura. Porém, de acordo com o presidente do Atlético-PR, Marcos Malucelli, o Furacão já gastou cerca de R$ 45 milhões para adequar o estádio a fazer parte dos candidatos a receber a Copa do Mundo de 2014 e esses números serão abatidos do terço que deverá ser desembolsado para concluir as reformas.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Malucelli esclareceu como o Atlético-PR vai arcar com as despesas para as obras e admitiu que o Furacão terá perdas técnicas e financeiras por não mandar os seus jogos na Arena da Baixada. Porém, o dirigente afirmou que o clube ficará com um legado por receber a Copa do Mundo de 2014. O presidente aproveitou para explicar como será coordenado o projeto.

- O estado, o munícipio e o Atlético-PR terão engenheiros coordenando as obras. Não teremos participação na parte executiva da obra, que ficará a cargo de uma construtora. Todos esses setores terão uma estrutura para acompanhar as obras - afirmou.

Na conversa, Malucelli afirmou que as reformas só deverão começar de fato em junho do ano que vem. A expectativa é que até o início de 2011 seja aberta a licitação para definir a construtora que vai tocar as obras. A partir daí, o Furacão teria que buscar uma solução paliativa. A intenção é utilizar um dos estádios do Paraná Clube ou o próprio Couto Pereira, do Coritiba.

Confira os principais trechos da entrevista com Marcos Malucelli:

GLOBOESPORTE.COM: Com as obras começando em junho de 2011, a ideia do Atlético-PR é ter o estádio pronto para a Copa das Confederações, em 2013?

MARCOS MALUCELLI: A ideia é estar pronto até dezembro de 2012. Se começar até junho, julho, nós estaremos dentro da Copa das Confederações, que é a nossa intenção. Parece que serão cinco cidades e Curitiba quer estar dentro.

Quais serão as principais mudanças que a Arena vai sofrer?

MM: São muitas. O novo caderno de encargos da Fifa entrou em vigor em outubro de 2008 e Copa no Brasil será a primeira que terá que atender essas novas normas. O Mundial de 2010 ainda usou o antigo caderno e não existiam tantas exigências. Teremos que fazer uma sala de imprensa de 300 metros quadrados, uma zona mista, que não temos, com 500 metros quadrados. Temos que fazer uma rampa pra fios e cabos de rádio e televisão. Os vestiários não podem ser atrás de um dos gols como temos atualmente. Hoje, nós temos 500 vagas no estacionamento e passaremos a ter 1.800. Teremos que mudar todas essa estrutura. O estádio será transformado, não radicalmente, mas será quase uma nova Arena da Baixada. O torcedor vai se espantar.

De onde virão os recursos do Atlético-PR para as obras?

MM: A princípio vamos tocar com recursos próprios até o momento que precisarmos de um empréstimo. Fizemos um empréstimo na Caixa para a construção do anel inferior. As cadeiras que fizemos no primeiro anel e vendemos para os sócios pagam a prestação do empréstimo que fizemos. Dos cofres do clube não sai nada. Pagamos em torno de R$ 126 mil de empréstimo e arrecadamos R$ 140 mil com os associados. Podemos tomar um novo empréstimo e pagar com a venda das cadeiras.

Com o fechamento da Arena, o Atlético-PR será prejudicado de alguma maneira?

MM: Prejudica financeira e tecnicamente. Financeiramente nós vamos perder receitas, aluguel de lanchonetes, lojas. É possível até que a gente perca alguns sócios, placas de publicidade. Tecnicamente, nós vamos deixar de jogar em casa. Claro que vamos ter alguma perda com tudo isso.

Algo tem sido feito para evitar essa perda?

MM: O setor de marketing está fazendo um trabalho para conscientizar os sócios. Mas ainda precisamos definir tudo para divulgarmos de forma oficial. Vamos fazer um trabalho bem intenso para não perdermos tanto.

E qual será o legado que a Copa deixará para o Atlético-PR?

MM: Teremos um estádio com capacidade para 42 mil pessoas, área com lanchonetes, setor de imprensa, área vip e zona mista. Teremos um estádio pronto, acabado, e se Deus quiser sem dívidas para o clube. Vamos ter no mínimo 50 anos sem pensar em novas obras. Precisamos pensar apenas na manutenção.

Hoje, a Arena possui uma loja do fornecedor de material esportivo do Atlético-PR, uma churrascaria, algumas lanchonetes e uma academia. Outros serviços serão criados no estádio?

MM: Pretendemos que tenha uma agência bancária, mais lojas, um museu do AtléticoPR. Ainda é próvável que o museu da cidade de Curitiba seja aqui.

Por: Márcio Iannacca

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