Justiça penhora bens de Luxa para pagar dívida com Edmundo

Por determinação da Justiça do Rio de Janeiro, foi realizada nesta quinta-feira uma busca na casa do técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, para penhorar bens e objetos que possam ser usados no pagamento de pouco mais de R$ 1,9 milhão, valor determinado pela Justiça, da dívida com o ex-atacante Edmundo.

Recebido pelo treinador em sua cobertura na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, um oficial de justiça listou bens que estão no local e que podem ser leiloados futuramente para saldar o débito, como uma máquina de lavar, um tapete, duas televisões e uma mesa. Eles totalizam cerca de R$ 200 mil. Não foram encontrados objetos de arte ou joias.

O ex-jogador ingressou com o processo em 2006 para cobrar dois cheques que não foram pagos pelo treinador rubro-negro, em 1999. Na época, totalizavam R$ 400 mil. A decisão judicial transitada em julgado (ou seja, Luxemburgo recorreu a todas as instâncias e não cabe mais recurso) favorece Edmundo, que ganhou o direito de receber a quantia há dois anos. No entanto, segundo o advogado do ex-atacante, Luiz Roberto Leven Siano, não foram encontrados bens suficientes no nome de Vanderlei Luxemburgo para pagar o débito, o que gerou a penhora de objetos da residência.

Como os bens encontrados no apartamento não cobrem o valor da dívida, o advogado de Edmundo vai reiterar o pedido de informações ao Flamengo sobre o salário do treinador. Segundo Luiz Roberto Leven Siano, a conta bancária que Luxa cita no processo tem apenas R$ 18 mil, número teoricamente incompatível com seus vencimentos. Ainda de acordo com o advogado, seus demais bens executáveis estão penhorados ou foram vendidos.

- A Justiça esperou o resultado da penhora para ver se o valor cobriria a dívida. Como não é suficiente, vamos reiterar o pedido na Justiça para que o Flamengo mostre como, onde, quando e quanto paga ao Luxemburgo – informou o advogado que representa Edmundo.