Lateral esquerda: o dilema da Seleção Brasileira

No title Após Roberto Carlos reinar durante quase uma década na lateral esquerda da Seleção, a posição tornou-se uma grande incógnita. Prova disso é que nenhum dos seis principais candidatos às duas vagas na Copa do Mundo se considera garantido no grupo que irá à África do Sul.

Michel Bastos, do Lyon (FRA), é o que parece ter mais chances. Curiosamente, seu currículo com a Amarelinha se resume a três jogos - justamente os mais recentes, em que a Seleção venceu Inglaterra, Omã e Irlanda. Mesmo sem experiência, apresentou futebol ofensivo e convincente.

Entre os demais concorrentes, o mais experiente é Gilberto. O lateral do Cruzeiro tem 33 partidas com o Brasil e disputou o Mundial de 2006, na Alemanha. As chances do jogador voltaram a crescer após sua convocação para o amistoso contra a Irlanda, em março. Até então, passava por jejum de quase dois anos sem ser lembrado.

Outro já rodado na Seleção é Kleber, do Internacional. Após ser titular durante parte da era Dunga, perdeu espaço para André Santos na Copa das Confederações do ano passado. Desde então, não foi mais convocado, apesar da boa fase com a camisa colorada.

No meio do ano passado, André, do Fenerbahçe (TUR), despontou como forte candidato a vestir a camisa 6 na África do Sul. E demonstrou futebol para isso: fez nove partidas seguidas pela Seleção e teve bom desempenho. No entanto, perdeu espaço sem explicações.

Marcelo, por outro lado, ouviu justificativas de Dunga para não ser lembrado. O treinador, no ano passado, questionou o fato de alguns jogadores - entre eles o lateral do Real Madrid (ESP) - estarem atuando fora de posição. De volta à ala, o jogador merengue ainda sonha.

Por fim, o mais inexperiente: Filipe Luis, do La Coruña, esteve em três convocações e fez apenas uma partida pela Seleção. Ainda assim, recuperado de uma fratura no tornozelo direito, o lateral segue como uma das opções de Dunga.