Na pressão, Coritiba deita, rola e dança sobre o Botafogo: 5 a 0

Na pressão, Coritiba deita, rola e dança sobre o Botafogo: 5 a 0

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:28

A panela de pressão do Alto da Glória falou mais alto novamente. O Coritiba venceu categoricamente o Botafogo, neste domingo, no Couto Pereira, por 5 a 0, e chegou a 32 pontos no Brasileirão - nada menos do que 24 foram obtidos dentro de casa. O time paranaense venceu e comemorou com estilo os seus gols. Emerson deitou e rolou no chão. Bill fez dancinha. Rafinha e Everton saíram em direção à torcida fazendo gestos. Apenas Marcos Aurélio festejou de forma comum. Também, pudera. Seu gol, o segundo do jogo, saiu após a marcação de um pênalti inexistente de Jefferson em Bill.

Com a derrota, o Botafogo segue em quarto na tabela, com 40 pontos, e vê Fluminense e Inter se aproximarem na luta por uma vaga no G-4. O futebol envolvente, ofensivo e de toque de bola do Alvinegro parece ter ficado no Rio de Janeiro. Sem criatividade, o time pouco criou e foi envolvido pelo rival. Nem a ausência de Maicosuel, que acordou com febre, consegue justificar atuação tão apagada.

As duas equipes voltam a campo no próximo domingo. No Rio de Janeiro, o Botafogo encara o Flamengo, no Engenhão - suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Elkeson está fora. O Coritiba enfrenta o Inter, no Beira-Rio.

Pressão alviverde nas arquibancadas e no campo

  Sem Maicosuel, Caio Júnior escalou Everton no meio-campo. O baixinho reeditou a dupla pelo lado esquerdo com Cortês e até começou bem o jogo. Foi de seus pés que saiu um perigoso cruzamento para Loco Abreu na pequena área. O uruguaio, entretanto, chegou atrasado. Apesar disso, quem atuou melhor na primeira etapa foi o Coritiba. Empurrado por sua torcida, o Coxa pressionava o Botafogo em seu campo e até conseguia roubar a bola, mas esbarrava nos seus erros de passe para armar as jogadas. Quem descobriu a solução para o problema foi Léo Gago. O volante mandou uma bomba de fora da área, para grande defesa de Jefferson.

A partir daí, foi uma avalanche de chutes de longa distância. Léo Gago tentou de novo. Tcheco seguiu o exemplo do colega, assim como Marcos Aurélio. Todas foram com perigo ao gol do Botafogo, mas Jefferson justificava as convocações de Mano Menezes para a Seleção com defesas difíceis. Quando venceu o paredão alvinegro, o Coxa teve um gol corretamente anulado (Jonas, em posição ilegal, deu passe para Bill mandar para a rede) e uma bola tirada em cima da linha por Marcelo Mattos, após um cruzamento.

O Botafogo, apesar de ter ficado menos com a bola e de todas as dificuldades defensivas, poderia ter balançado as redes, não fosse sua falta de pontaria. Renato deu dois passes açucarados para seus companheiros. Primeiro, Loco recebeu livre e mandou para fora. Depois, Elkeson entrou na área, mas se enrolou com a bola e perdeu para o zagueiro. O meia quase marcou também em uma cobrança de falta, mas Vanderlei defendeu bem.

Quando parecia que a partida iria para o intervalo sem gols, o Coritiba viu seu esforço recompensado. Tcheco bateu escanteio, a zaga do Botafogo ficou assistindo, e Emerson cabeceou no canto direito de Jefferson. Para comemorar, o jogador decidiu inventar: deitou no chão e rolou. O Couto, em festa, explodiu de alegria. O barulho só não foi maior do que quando os torcedores resolveram xingar o técnico Caio Júnior. Após sair de campo de maca, Leandro Donizete ficou ao lado do campo no chão e o técnico do Bota foi até ele falar alguma coisa, revoltando os alviverdes. Na saída para o vestiário, o treinador disse que pediu para o volante parar e voltar a campo para jogar.

Pênalti maroto e goleada alviverde

Os dois times voltaram para o segundo tempo com as mesmas estratégias do primeiro. O Coxa marcava sob pressão, e o Glorioso tentava explorar o seu toque de bola. Mas aí o árbitro Fabrício Neves Corrêa , que vinha bem até então, marcou um pênalti inexistente de Jefferson em cima de Bill. Marcos Aurélio bateu bem e fez 2 a 0 Coxa.

No banco de reservas, Caio Junior, pensativo, andava de um lado para o outro. Parecia pensar o que fazer para tentar mudar o panorama do jogo. O semblante do técnico ficou ainda mais tenso quando Elkeson fez boa jogada individual, invadiu a área, mas chutou mal e permitiu a defesa de Vanderlei.

Sem reação, o Botafogo viu o Coritiba ampliar ainda mais sua vantagem. Marcos Aurélio cobrou falta de muito longe, a bola encontrou Bill que bateufraco. A bola foi rolando mansamente até entrar no canto, sem que nenhum jogador alvinegro cortasse. Até o atacante pareceu surpreso e demorou a comemorar. Depois, ensaiou uns passinhos de dança.

A partir daí, o Botafogo se perdeu de vez em campo, e o Coritiba ainda ampliou o marcador mais duas vezes. Marcos Aurélio fez bonita jogada e deixou Bill livre para bater para o fundo das redes. E Everton Costa fechou a conta após mais uma bobeada da defesa carioca.                  

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