A relação entre as seleções de base e a principal no novo projeto da CBF é mais próxima do que se imagina. Se a concentração recebeu a visita ilustre de Mano Menezes, que na última terça-feira tratou de passar tranquilidade a todo o grupo, o técnico Ney Franco quer ver a sub-20 atuando como os comandados do treinador gaúcho dentro de campo. E já a partir da estreia no Sul-Americano da categoria, contra o Paraguai, na próxima segunda-feira, em Tacna, no Peru.
A exemplo dos jogos-treino, o esquema será o mesmo que Mano gosta de utilizar: o 4-2-3-1, tão na moda no futebol mundial e também adotado por seleções como Holanda e Alemanha na última Copa do Mundo.
Estamos tentando montar essa equipe e a forma como a Seleção principal vem jogando. Basicamente uma equipe formada com uma linha de quatro atrás, e dali para frente você vai posicionando os jogadores. O time tem esse perfil. A gente espera que essa forma de jogar possa ter sucesso porque na fase de preparação fomos muito bem disse Ney Franco, que viu a sub-20 vencer todos os seus cinco jogos-treino durante o mês de preparação na Granja Comary.
O treinador, no entanto, acredita que ainda faltam detalhes para ver o time pronto. Nada que não possa ser feito até o dia 17.
Vamos fazer alguns ajustes lá no Peru. Isso envolve as questões de bola parada, faltas frontais, e algumas jogadas indefinidas. É uma equipe que durante a competição irá se ajustar e melhorar, mas a nossa estreia no campeonato já será com uma forma de jogo bem sólida afirmou.
Mano Menezes concorda. Muito pelo fato de a Seleção sub-20 já contar com valores individuais experientes. Ele, porém, pregou pela importância da qualidade coletiva.
A maioria dos jogadores que estão aqui já vem sendo aproveitada pelos seus clubes. O Neymar talvez seja o maior exemplo, e sem dúvida nenhuma passa a ser referência em uma situação como essa, mas eu sempre acreditei em equipes. Por mais que você tenha qualidade individual resumida em um jogador, como é o caso do Neymar, a Seleção Brasileira sub-20 vai atingir os seus objetivos como seleção e não com um jogador só contou.
Por: Victor Canedo
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