Tricolor derrota o Furacão, sobe duas posições e cola no G-4

Tricolor derrota o Furacão, sobe duas posições e cola no G-4

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:08

O sonho não acabou, e o São Paulo segue em busca de uma vaga na Taça Libertadores de 2011. Na noite desta quinta-feira, atuando em Barueri, o Tricolor levou a melhor contra um adversário direto na briga por um lugar na principal competição sul-americana. Com os gols de Ricardo Oliveira e Miranda, a equipe derrotou o Atlético-PR por 2 a 1, ganhou duas posições e ficou mais perto do G-4 do Campeonato Brasileiro. Guerrón marcou para o Furacão.

O Tricolor foi aos 47 pontos, um a menos que o Botafogo, que hoje seria o quarto representante brasileiro na Libertadores. E como o time carioca entrará em campo no sábado, para enfrentar o Atlético-MG, em Sete Lagoas, resta aos são-paulinos encerrar a rodada torcendo por uma vitória do Galo. Já o Rubro-Negro paranaense, com o mesmo número de pontos, foi ultrapassado na tabela por ter saldo de gols negativo maior que o do time do Morumbi (-4 contra -1). Os são-paulinos também levam vantagem sobre o Grêmio, que nesta mesma noite foi derrotado por 2 a 0 pelo líder Fluminense. O Tricolor gaúcho tem uma vitória a menos (12 contra 13).

Os dois times voltarão a campo no meio da próxima semana. Na quarta-feira, o São Paulo vai a Uberlândia para enfrentar o Cruzeiro no Parque do Sabiá, às 21h50m (de Brasília). No dia seguinte, às 21h (de Brasília), o Furacão recebe o Palmeiras na Arena da Baixada, em Curitiba.

Olho do primeiro tempo

No São Paulo, Paulo César Carpegiani entrou com Fernandão na vaga do suspenso Lucas. Fernandinho, vetado pelo departamento médico, cedeu lugar ao volante Casemiro, escalado com a função de aumentar o poder de marcação da equipe, que havia tomado sete gols nas últimas três partidas. No Atlético-PR, o técnico Sérgio Soares, que já tinha cinco desfalques (Wagner Diniz, Ivo Gonzalez, Paulo Bater, Maikon Leite e Elder Granja), perdeu mais duas peças, vetadas após teste no vestiário: o zagueiro Rodolpho e o meia Branquinho. Com isso, o treinador resolveu fechar o meio-campo com a entrada do veterano Claiton ao lado de Chico e Vítor. Na lateral direita, a solução foi improvisar o volante Deivid.

Para analisar os primeiros 45 minutos, é preciso dividir a partida em duas partes. Na primeira, do início aos 26 minutos, só deu São Paulo em campo. O Tricolor, mesmo perdendo velocidade com as ausências de Lucas e Fernandinho, ganhou em presença em campo. Carpegiani adiantou a marcação do meio-campo, e o time pressionou muito a saída de bola do Furacão, que, desfalcado, entrou recuado em campo, usando apenas a velocidade do equatoriano Guerrón para tentar surpreender nos contra-ataques.

Aos três minutos, o Furacão chegou a abrir o marcador, com Bruno Mineiro, mas o gol foi corretamente anulado. O camisa 9 paranaense estava impedido. O Tricolor dominava e não precisou mais do que 12 minutos para abrir o marcador. Casemiro roubou uma bola no meio e tocou para Carlinhos Paraíba, que passou a Dagoberto. Este encontrou Ricardo Oliveira, que recebeu na frente, deu um drible da vaca em Deivid, e mandou de pé esquerdo no ângulo de Neto, que nada pôde fazer: 1 a 0. (assista ao gol no video ao lado)

A vantagem expôs ainda mais a superioridade são-paulina em campo. O Tricolor mostrava firmeza na marcação e chegava fácil à intermediária adversária. Aos 23, Ricardo Oliveira obrigou Neto a fazer boa defesa. No minuto seguinte, após bela triangulação no meio-campo, Fernandão arriscou e mandou por cima do gol adversário.

Dois minutos depois, o início da segunda parte da primeira etapa, com o gol do Atlético-PR. Casemiro foi recuar uma bola do meio para a defesa e tocou errado para Miranda. Guerrón foi mais esperto que o defensor são-paulino, deu um drible da vaca no rival, invadiu a área e bateu cruzado, sem chances de defesa para Rogério Ceni: 1 a 1 no marcador. Pelo que as duas equipes haviam apresentado até então, um placar injusto.

Assista aos gols da partida:

Com a igualdade no marcador, o São Paulo se perdeu momentaneamente na partida. O Atlético-PR mudou seu estilo de marcação e, mesmo mantendo o 4-4-2, trocou o losango (Vítor mais recuado, Claiton e Chico abertos em cada lado e Netinho à frente) pelas tradicionais duas linhas de quatro. Com isso, o Tricolor não teve mais espaços para tocar a bola. Guerrón, com muita velocidade, dava enorme trabalho a Richarlyson pela esquerda. O Furacão, que já havia equilibrado a partida, chegou a assustar novamente aos 31, com Bruno Mineiro.

Etapa complementar

O São Paulo voltou do intervalo mais ofensivo. Carpegiani sacou Casemiro e colocou Marlos em seu lugar. Com isso, Carlinhos Paraíba foi recuado para a função de volante. O time voltou a ganhar em velocidade e objetividade. Com apenas seis minutos, voltou a ficar em vantagem no marcador. Dagoberto cobrou falta da esquerda e colocou na cabeça de Miranda, que subiu sozinho e desviou para o gol de Neto.

Com a vantagem, o jogo ficou à mercê do São Paulo. Isso porque o Furacão subiu seu meio-campo em busca do empate e deixou o contra-ataque à disposição do Tricolor. Carpegiani abriu Marlos na ponta direita, e Dagoberto na esquerda. Pelo meio, Fernandão comandava as ações, enquanto Ricardo Oliveira se movimentava para abrir espaços. Eles ainda tinham o reforço de Jean, que em determinados lances virou quase um ponta direita. Aos 11, o gol não saiu por capricho. Marlos avançou livre pela direita e cruzou na medida para Ricardo Oliveira, que bateu de primeira dentro da área. A bola raspou a trave esquerda de Neto e saiu.

A partir dos 20 minutos, o São Paulo diminuiu o ritmo. No Furacão, Sérgio Soares colocou Edgar na vaga do volante Claiton. Com isso, Deivid deixou a lateral e foi para o meio-campo. E o time paranaense, que até então não tinha assustado, só não empatou porque Rogério Ceni fez um verdade milagre em chute de Paulinho. Em rápido contra-ataque, ele surgiu na área, driblou Alex Silva e mandou no ângulo do goleiro são-paulino, que voou e mandou para escanteio.

Apesar dos gritos de Carpegiani no banco de reservas, o time seguiu atuando de maneira recuada. O Atlético-PR cresceu e, mesmo sem muita organização, passou a rondar a área adversária com perigo. Percebendo o crescimento de sua equipe, Sérgio Soares partiu para o tudo ou nada e fez a segunda alteração, colocando o atacante Marcelo na vaga do volante Deivid. Na sequência, para ganhar força no jogo aéreo, colocou o argentino Nieto, de 1,91m, na vaga de Guerrón.

O jogo ficou dramático. O Atlético-PR tomou conta da partida nos últimos 15 minutos, e o São Paulo, depois de ficar muito tempo sem atacar, teve a chance de matar a partida aos 35. Dagoberto cobrou escanteio da direita, Fernandão ajeitou de cabeça, e Ricardo Oliveira, também pelo alto, testou no canto direito de Neto, que fez defesa excepcional. Logo depois, Carpegiani mexeu na equipe, sacando Dagoberto, cansado, e colocando Ilsinho no seu lugar. Nos acréscimos, Ricardo Oliveira e Ilsinho ainda perderam boas chances, mas o time conseguiu segurar a importante vitória até o fim.

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