Welinton não tem vergonha de dar chutão: 'É jogo de campeonato'

O Flamengo respeita o oponente da final da Taça Guanabara e tem motivos para isso. Na fase classificatória, o Boavista deu trabalho, em jogo da sexta rodada. Em Macaé, o time de Vanderlei Luxemburgo abriu dois gols de vantagem, permitiu o empate e só conseguiu os três pontos no fim. O time de Saquarema foi o único a vencer a zaga rubro-negra, a melhor do estadual com cinco gols sofridos, duas vezes.

David Braz e Welinton estão atentos. Domingo, no Engenhão, às 16h (de Brasília), o clichê “bola para o mato que é jogo de campeonato” será seguido à risca e sem qualquer constrangimento.

- Há momentos da partida em que você precisa ser zagueiro-zagueiro. Também pode sair trabalhando a bola, tocando de um lado para o outro, o nosso time tem qualidade de colocar a bola no chão, mas no momento de aperto precisa dar um chutão. É um recurso, faz parte do jogo. É como dizem: bola para o mato que é jogo de campeonato. Se tiver de dar chutão para ganhar três pontos, vou dar sem medo nenhum – disse Welinton.     Em 1999, Luxa patenteou a expressão “zagueiro-zagueiro” ao convocar Odvan para a Seleção Brasileira. Na decisão, um chutão pode valer mais que três pontos para o time dele. Está em jogo o título do primeiro turno, que manda o campeão direto para a decisão do Carioca. Sendo assim, Welinton, que falhou contra o Boavista, prega seriedade.

- Vai ser especial porque é uma final. Erros acontecem, mas passou. Veio o Botagogo, consegui ter uma boa atuação ao lado dos meus companheiros. É um novo jogo e vou entrar focado para não ter erros.

A tendência é que Luxemburgo mantenha o zagueiro Ronaldo Angelim improvisado na lateral esquerda. Foi assim na semifinal contra o Botafogo e contra o Murici, pela Copa do Brasil.

- Ajudou bastante, até pela qualidade do Angelim. Protegemos bem ali atrás pelo lado esquerdo, e Léo Moura e Willians também fecham pela direita.