Com um uniforme azul, alusivo às suas origens italianas, o Palmeiras iniciou as festividades de seu centenário com uma boa vitória sobre a Fiorentina, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, no Pacaembu. De "Azzurra", o Verdão atuou com um time misto, mas muito bem postado, e saiu de campo aplaudido por torcedores que não veem uma vitória no Brasileirão já há seis rodadas - e que ainda estavam "mordidos" pela derrota para o maior rival, o Corinthians, no último domingo.
Titulares como Wendel, Lúcio, Tobio, Renato, Felipe Menezes, Mouche e Henrique foram poupados pelo técnico Ricardo Gareca. O argentino montou a equipe no 4-2-3-1, com a estreia de mais um compatriota recém-contratado do Vélez Sarsfield, o meia Agustín Allione, bem aberto pela direita. O novo "hermano" mostrou qualidade e foi um dos destaques do time, ao lado de Wesley e do jovem lateral Victor Luis, autor do primeiro gol. Leandro, que não marcava desde abril, fez segundo. E Gareca fez cinco alterações na etapa final, mandando a campo até o zagueiro uruguaio Victorino, que não fazia uma partida oficial desde setembro de 2012, ainda pelo Cruzeiro. O público pagante foi de 20.285 pessoas, e a renda de R$ 921.192,50.
O jogo foi válido pela Copa Euroamericana, um torneio no qual a competição é entre continentes, não entre times. Com a vitória palmeirense, a disputa está empatada em 4 a 4. A decisão será no sábado entre Universitario, do Peru, e Fiorentina. O jogo do Pacaembu, porém, valeu uma taça: o troféu Julinho Botelho, ídolo em comum de Verdão e Fiorentina, nos anos 50.
Pelo Brasileirão, o Palmeiras volta a jogar no domingo, às 16h, contra o Bahia, também no Pacaembu.
O jogo
O amistoso valia muito mais para o Palmeiras, em busca de afirmação sob a direção de Ricardo Gareca, do que para a Fiorentina, em excursão de pré-temporada e sem algumas de suas principais estrelas - Giuseppe Rossi ficou na reserva, e Mario Gomez nem no banco, enquanto o colombiano Cuadrado permanece na Europa, negociando sua saída do clube.
A grande expectativa da torcida do Verdão era em torno da estreia de seu terceiro argentino, o meia Agustín Allione. E ele foi escalado na função que desempenhava no Vélez Sarsfield com o próprio Gareca: como o homem aberto pela direita, no 4-2-3-1. Allione mostrou que sabe jogar e criou uma boa chance logo no início, mas foi num erro dele que a Fiorentina quase marcou, em contra-ataque desperdiçado de forma bizarra pelo senegalês Babacar.
O Palmeiras tratou de tocar a bola, esperando por espaços. Deu certo. Victor Luis abriu o placar num chute de fora da área, aos 13, e Leandro marcou o segundo, avançando também pela esquerda, aos 35.
No segundo tempo, Gareca aproveitou para fazer mais testes no time, colocando dois jogadores que andavam sem espaço - Bernardo e Patrick Vieira, nos lugares de Mendieta (que foi bem) e Erik (ainda pouco produtivo). Até Victorino, que não jogava desde setembro de 2012, ainda pelo Cruzeiro, entrou no fim - e foi aplaudido pela torcida a cada vez que tocou na bola.
A Fiorentina, que não tinha nada a ver com isso, melhorou, principalmente com a entrada de Giuseppe Rossi. Com muita categoria, ele fez o gol de honra do time italiano. A equipe italiana pressionou em busca do empate, mas, mesmo com muitos reservas, o Palmeiras segurou a vitória e deu um alento a seus torcedores, preocupados com a fase do time no Brasileirão.
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