iG São Paulo
Santos quer a redução de dívida santista com o grupo DIS, referente à negociação do volante Wesley, atualmente no Palmeiras, junto ao Werder Bremen
Santos e São Paulo praticamente chegaram a um acordo nesta terça-feira, mas o meia Paulo Henrique Ganso ainda não pode ser anunciado oficialmente como reforço do time de Juvenal Juvêncio. Após a reunião que se iniciou no final da tarde e invadiu a noite desta terça, em São Paulo, os dirigentes do Santos fizeram algumas exigências ao grupo DIS, parceiro são-paulino na compra dos 45% dos direitos econômicos.
No encontro, o clube da Baixada Santista sugeriu ao investidor, detentor atualmente de 55% dos direitos econômicos do camisa 10, que para o desfecho da negociação haja uma amortização de parte da dívida com a empresa, referente aos 25% dos direitos da DIS na negociação do meia Wesley, hoje no Palmeiras, com o Werder Bremen (Alemanha), em transação realizada no segundo semestre de 2010. Com a correção de juros, a empresa teria direito a receber R$ 8 milhões, em ação que ainda não teve o seu julgamento definitivo, na justiça.
Com o novo pedido, a cúpula alvinegra, que recentemente teve 20% de suas receitas, oriundas de patrocínios e cotas de TV bloqueadas, pleiteia um abatimento de R$ 4 milhões no que diz respeito à dívida. A manobra é vista pelo grupo DIS como a última tentativa de impedir que Ganso defenda o rival.
Já em relação ao São Paulo, os pontos divergentes da proposta apresentada pelo Tricolor Paulista foram praticamente acertados, tendo em vista que os são-paulinos, que já tinham aceitado desembolsar os R$ 23,8 milhões que o Santos receberia pelos 45% dos direitos econômicos do jogador, aceitam pagar a quantia à vista. Porém, os santistas desejavam que, além de pagar em parcela única o percentual que lhe pertence nos direitos de Ganso, o time do Morumbi cedesse 20% do lucro de uma futura venda do meio-campista. O São Paulo não concordou com o número inicial proposto, mas aceitou dar 10% de uma possível transação no futuro.
No encontro, Ganso teve a sua vontade passada pelos representantes do DIS ao presidente da equipe santista, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro. O jogador recusou a última proposta de aumento do Peixe, oferecida há cerca de três semanas, pois a oferta previa que os seus vencimentos mensais fossem reajustados para R$ 420 mil por apenas seis meses. A quantia seria adicionada aos vencimentos do atleta como bonificação. Depois desse período, o \"maestro\" voltaria a ganhar os R$ 130 mil que recebe atualmente.
Vale destacar ainda que, enquanto ocorria a reunião entre dirigentes alvinegros e representantes do grupo DIS, o Grêmio informou, por intermédio da assessoria de imprensa do seu presidente, Paulo Odone, que havia desistido da contratação do meio-campista.
A janela de transferências do Campeonato Brasileiro fecha na próxima sexta e, para que haja uma resolução do assunto, o grupo DIS tenta agir rápido, visando que a negociação seja, enfim, formalizada. Outro detalhe é que Luis Álvaro de Oliveira irá embarcar nesta terça com destino a Europa, em uma viagem de ordem pessoal.
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