Mesmo com jogador a mais, Cruzeiro só consegue descontar com WP9, de pênalti

Ex-Cruzeirenses Marcelo Moreno e Kléber marcam

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:11

Como se jogasse em casa, até mesmo com seu artilheiro aplaudido pelo torcedor adversário, o Grêmio não tomou conhecimento do Cruzeiro e bateu o time mineiro por 3 a 1, neste domingo, no Independência, em Belo Horizonte. Os gols gaúchos foram marcados por ex-cruzeirenses: Marcelo Moreno (dois) e Kléber. No fim, Wellington Paulista ainda descontou de pênalti. A vitória fez o Tricolor colar no G-4, agora em sétimo, com 15 pontos. A Raposa amargou o terceiro réves seguido e caiu para o décimo lugar, com 14 pontos.


O dia era de estreias. Borges pelo lado cruzeirense, e Elano pelo gremista. Mas bastou a bola rolar para os dois saírem um pouco de foco e darem espaços a outros personagens. Eficiente e letal, o Grêmio chegou poucas vezes, mas não perdoou quando teve chance. Sem culpa pela falta de criatividade celeste, Marcelo Moreno e Kléber não perdoaram. O Cruzeiro lutou muito, mas não teve competência. Nem mesmo no segundo tempo, com um homem a mais, se mostrou mais consciente que a equipe de Luxemburgo, que merecidamente levou a melhor.

Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, os dois times jogam na quarta-feira. No Estádio Olímpico, em Porto Alegre, os gaúchos encaram o Sport, às 19h30m (de Brasília). Uma hora depois, às 20h30m, a Raposa enfrenta a Portuguesa, no Estádio Canindé, em São Paulo.


Aplausos e vaias
Cruzeiro e Grêmio começaram o jogo com muita movimentação, correria, disposição, mas nenhuma chance de gol. Os dois times sofriam com a tarde ruim dos homens criativos: Montillo do lado azul; Zé Roberto pelo Tricolor. Os primeiros 15 minutos se notabilizaram muito mais pelos aplausos da torcida celeste ao atacante Borges, estreante na Raposa, e pelas vaias a Kléber, ex-ídolo cruzeirense.
A primeira chance de gol foi exatamente com o alvo dos aplausos. Aos 18 minutos, Tinga cruzou da direita, e Borges finalizou de cabeça, para boa defesa de Marcelo Grohe. A Raposa chegou novamente pouco tempo depois com o zagueiro Léo.

Quando o Cruzeiro dava indícios de que partiria para cima, o Grêmio, que há muito não chegava ao ataque, chegou e marcou. Aos 25 minutos, Elano foi ao fundo pela direita e cruzou para Marcelo Moreno ganhar no alto para fazer de cabeça. Aplaudido antes do jogo, o ex-cruzeirense não comemorou.
Poucos minutos depois, no ataque seguinte, novamente pela direita, os gaúchos ampliaram. Toni foi ao fundo e tocou rasteiro, a zaga mineira falhou, e dessa vez quem marcou foi o ex-cruzeirense que vinha sendo vaiado a cada toque na bola: Kléber saiu para o abraço. Grêmio 2 a 0.


O Tricolor viu o Cruzeiro tentar pressionar, mas não chegou a levar susto nos minutos restantes. Os jogadores gremistas colocaram a bola no chão e trocaram passes com consciência. Com a desvantagem dos donos da casa, as vaias mudaram de alvo. O lateral-esquerdo Everton foi o escolhido pelo fato de os dois gols terem saído no setor dele.
Faltado poucos minutos para o fim da primeira etapa, Tinga fez falta dura em Zé Roberto. Os gremistas foram para cima do árbitro Marcelo Aparecido de Souza pedindo cartão amarelo, o que não aconteceu. O tricolor cobrou a falta, o Cruzeiro tomou a bola e, na tentativa de saída, Montillo foi parado por Werley. Segundo amarelo para o zagueiro, que foi expulso. O primeiro foi tomado de forma boba, por impedir resposição rápida de bola do goleiro Fábio. Com o apito final, o Grêmio foi para o vestiário em vantagem no placar, mas com um jogador a menos.


Olé, gritos de burro e Marcelo Moreno
Os dois times voltaram modificados para o segundo tempo. Os vaiados saíram. O Grêmio repôs a defesa, colocando o zagueiro Vilson no lugar de Kléber. O Cruzeiro tentou ganhar criatividade com o meia Souza no lugar de Everton. Logo depois, Roth tirou um lateral e colocou mais um atacante, Fabinho.
O jogo passou a acontecer apenas em metade do campo. Desordenadamente e sem inspiração, o Cruzeiro se mandou para frente. O Grêmio recuou todo e ameaçava contra-ataques com Marcelo Moreno, único homem adiantado.


A Raposa precisou de 16 minutos para chegar com perigo, em chute de Souza. Foi o tempo necessário também para a torcida mineira perder a paciência, e o técnico Celso Roth ouvir os primeiros gritos de "burro" no comando da Raposa.


O contra-ataque gremista deixou de ser ameaça e se tornou fato aos 20 minutos. Souza fez ótima jogada pela esquerda e tocou para Marcelo Moreno, já dentro da área. Com a calma do matador, ele dominou, bateu cruzado e marcou o terceiro.


As vaias passaram a ser generalizadas para o time mineiro, e logo se tornaram gritos de "olé" no toque de bola gaúcho. Logo depois, o estreante Borges deixou o jogo sem gerar muita atenção. Quase ao mesmo tempo, Marcelo Moreno saiu de campo aplaudido e com o nome gritado pela torcida cruzeirense.
O Cruzeiro manteve a pressão, embora com menos ânimo. Quando conseguiu chegar, Marcelo Grohe fez milagre, como na bicicleta de Anselmo Ramon. Com o jogo ganho, a preocupação gaúcha nos minutos finais foi não receber cartões.


Já nos acréscimos, Léo ainda tentou fazer o dele, mas o zagueiro do Grêmio fez uma verdadeira defesa dentro da área. Pênalti que foi convertido por Wellington Paulista, debaixo de muitas vaias. Antes da cobrança, a torcida cruzeirense pediu para que o goleiro Fábio batesse, o que não aconteceu.

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