Fábio Suzuki
Através da WTorre, Palmeiras garante ter saído na frente dos rivais ao fechar seis das 14 cotas ofertadas
Até o final do próximo ano, estão previstos para serem inaugurados 14 novos estádios por todo o país, a grande maioria deles construídos ou reformados para abrigar jogos da Copa do Mundo 2014. Desse total, cinco são arenas privadas de grandes times cuja rivalidade dentro dos gramados passa a ocorrer também no mundo dos negócios, onde seus gestores começam a ofertar ao mercado espaços comerciais que chegam a custar R$ 400 milhões por um contrato de 20 anos.
Dos times que estão prestes a ter uma nova casa, o Palmeiras é o que diz estar na frente na corrida por patrocínios, cuja disputa também conta com Corinthians, Grêmio, Internacional e Atlético Paranaense.
Apesar da inauguração da Arena Palmeiras estar prevista apenas para o final de 2013, a WTorre, empresa responsável pela construção do estádio e que ficará responsável por sua gestão por 30 anos, garante ter fechado seis das 14 cotas de patrocínios cujos valores variam de R$ 2 milhões a R$ 20 milhões anuais. Para a maior delas, a que dá direito a ter o nome da arena (naming rights), são quatro grandes companhias em negociação. \"Não posso falar o nome e nem o segmento dessas empresas para não ajudar a concorrência\", afirma Rogério Dezembro, diretor de novos negócios da WTorre.
Segundo ele, a expectativa é que 70% das cotas de patrocínio do novo estádio sejam comercializadas até o final deste ano. \"O potencial da Arena Palmeiras é inédito e não terá outro no país\", diz Dezembro, ao citar os três pilares que diferenciam o local de seus concorrentes, que são: ser de um grande clube de futebol, estar na cidade de São Paulo e em uma localização privilegiada (em espaço nobre e de fácil acesso).
Com os contratos de patrocínios e mais as locações com camarotes, praça de alimentação, lojas, entre outros, a WTorre avalia que o Palmeiras terá uma receita em torno de R$ 67 milhões por ano com a nova arena.
O rival do Sul
Para os contratos esperados até o final deste ano, a WTorre terá como principal rival a Grêmio Empreendimentos, empresa criada em parceria entre o clube de Porto Alegre e a construtora OAS para gerir o novo estádio, que será inaugurado no próximo dia 8 de dezembro.
Até o momento, a Arena Grêmio não fechou nenhuma das seis cotas que serão ofertadas ao mercado, mas a expectativa é que todas elas já estejam fechadas até o final do ano. \"Temos três empresas globais negociando o naming rights\", afirma Eduardo Antonini, presidente da Grêmio Empreendimentos. Para essa cota, a companhia pretende faturar R$ 15 milhões anuais para um contrato de dez anos.
A Arena Grêmio terá ainda outros espaços menores que estão sendo vendidos por R$ 3 milhões e R$ 4,5 milhões, além de contratos com fornecedores que variam de acordo com o serviço. Um deles é a de exclusividade para a venda de bebidas, que terá a Coca-Cola como responsável pelos produtos.
Outro time que está na briga por patrocínios é o Corinthians, cuja cota principal (naming rights) está avaliada em R$ 400 milhões por um contrato de 20 anos. O vice-presidente de marketing do clube, Luís Paulo Rosenberg, foi contatado mas não respondeu as questões referentes à Arena Corinthians até o fechamento desta edição.
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