Fora do mercado desde que decidiu deixar o Corinthians no final do ano passado, Tite é nome ventilado todas as vezes em que um grande clube procura um treinador. No plano de carreira que traçou, porém, ele já sabe qual será seu destino após a Copa.
Aos 52 anos, Tite é o nome escolhido pela CBF para substituir Luiz Felipe Scolari, independentemente do resultado do Mundial. O assunto vem sendo mantido em sigilo, mas, no mercado da bola, a insistência do ex-treinador do Timão em recusar convites é a certeza de que o destino está traçado.
O empresário de Tite, Gilmar Veloz, é cauteloso ao falar sobre o assunto. A única certeza, até o momento, é a de que o treinador só voltará a trabalhar após a Copa.
— O Tite é o melhor técnico do Brasil e isso é provado pelo que ele conquistou e pelos convites que recebe. Já houve propostas de seleções e de clubes de fora. Mas ele decidiu que só voltará a trabalhar após a Copa do Mundo — explicou Veloz.
O empresário acredita que ainda não é o momento de se falar na possibilidade de Tite assumir a seleção brasileira.
— Ele jamais falaria sobre isso agora, até porque a seleção brasileira tem treinador.
Desde que deixou o Corinthians, Tite visitou clubes europeus para se aprimorar. Nos próximos dias, ele seguirá para os Estados Unidos para estudar inglês e depois irá a Lisboa assistir à final da Liga dos Campeões, dia 24 de maio.
Ao optar por ficar sem clube, Tite segue exatamente os passos de Felipão quando deixou o Palmeiras, em setembro de 2012. Na época, Scolari recebeu proposta do Grêmio, mas foi aconselhado a não aceitar para não correr o risco de, em caso de resultados ruins, ter seu nome contestado na volta à seleção.
A estratégia de Tite é a mesma. Ele chegou a ser sondado pelo Flamengo no ano passado, quando Mano Menezes abandonou o barco e foi cotado também por Grêmio e Atlético-MG este ano. Mas o plano de carreira do treinador é claro. E o uniforme de Tite a partir de agosto será verde e amarelo.
Troca é uma tradição, mesmo após título
À exceção de Zagallo, nunca um técnico campeão do mundo comandou a seleção brasileira no Mundial seguinte. Campeão em 1970, ele também foi o técnico em 1974. Mas a troca após a Copa é uma tradição.
Telê Santana comandou o Brasil em dois Mundiais seguidos (1982 e 1986). Mas deixou o Brasil após a eliminação na Espanha e voltou somente um ano antes da competição no México.
Tetracampeão em 1994, Parreira também saiu, dando lugar a Zagallo, que foi substituído após a perda do título em 1998.
Campeão em 2002, Felipão deu lugar a Parreira para a Copa seguinte. Depois vieram Dunga, Mano Menezes até Scolari ser escolhido para 2014.
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