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Antes obscuros, blogs militares ganham espaço na internet

Antes obscuros, blogs militares ganham espaço na internet

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:44

Há muito tempo atrás – no ano de 2003, para ser exato – quando o Facebook não passava de uma ideia na mente de Mark Zuckerberg e o Twitter ainda era a palavra usada para designar o barulho das aves, o blog era a coisa do momento. Para os soldados que seguiam para a guerra era uma revelação.

Através de blogs pessoais, eles poderiam enviar mensagens para amigos e parentes de uma única vez. Eles podeiam zombar de comandantes em prosa irreverente e anônima. E poderiam descrever o combate com o imediatismo de Ernie Pyle, mas sem o filtro dos editores reais. Muitos descobriram, para seu espanto e alegria, que milhares de estranhos estavam lendo seus posts.

Nascia assim um novo gênero, o milblog – ou blog militar. Em 2007, havia milhares de blogs militares, escritos não apenas por soldados no Iraque e no Afeganistão, mas também por pais, cônjuges e veteranos.

Pentágono

Mas nos anos seguintes, o mundo dos blogs militares mudou consideravelmente. O Pentágono, que antes tentou controlar ou mesmo impedir os blogueiros, entrou na mania de mídia social. Generais têm blogs, as Forças Armadas têm contas no Twitter e dezenas de comandantes de batalhão e companhia mantêm páginas no Facebook. O que antes tinha gosto de independência ou até mesmo de rebelião se tornou comum.     Isso ficou ainda mais claro na semana passada, quando Donald H. Rumsfeld, que como secretário de Defesa observava o início dos blogs militares com ceticismo, e talvez horror, falou à Sexta Conferência Anual de Milblog. "Eu posso dizer que aprecio o que vocês fazem", disse Rumsfeld, 78 anos, aos blogueiros reunidos em uma sala de conferências. "Mas não tenho certeza se entendo".

A conferência – coordenada pelo site agregador de blogs militares Milblogging.com – revelou como os blogs militares se tornaram algo corriqueiro. Lindy Kyzer, que até o ano passado aconselhava o Exército sobre as mídias sociais, disse que os blogs militares se tornaram mais sérios e menos irreverentes.

Mas Kyzer disse que os blogueiros militares ainda desempenham um papel vital. Conforme os meios de comunicação tradicionais demitiram jornalistas que cobriam ou estavam alocados no Iraque e no Afeganistão, os blogueiros permanecem envolvidos nas tribulações enfrentadas nesses locais por soldados e seus familiares, disse. "Os blogueiros militares estão entre os poucos que realmente parecem perceber que ainda estamos em guerra", disse Kyzer.        

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