O estado de emergência que vigorava na Argélia havia 19 anos foi levantado nesta quinta-feira (24), com a publicação de decreto no diário oficial do país.
O governo da Argélia havia aprovado na terça (22) a remoção do estado de emergência. A medida havia sido prometida pelo governo no último dia 14.
Manifestantes que protestam há vários dias contra o regime e o presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, disseram que a medida não é o suficiente.
Também foram aprovadas medidas de combate ao desemprego, um dos maiores motivos de insatisfação para os argelinos. Inspirando-se nas recentes rebeliões da Tunísia e do Egito, manifestantes têm feito protestos semanais em Argel, a capital.
"A suspensão do estado de emergência é positiva, mas não suficiente", disse Mustafa Bouchachi, presidente da Liga Argelina de Direitos Humanos e um dos organizadores dos protestos.
"Precisamos de uma real abertura para as atividades políticas, midiáticas e sociais, para que as pessoas possam experimentar a democracia por conta própria."
Bouteflika, de 73 anos, deve continuar pressionado, tanto pelos manifestantes quanto por parte da elite governante, a realizar mais mudanças e explicar seus planos à opinião pública.
O estado de emergência foi imposto em 1992 para ajudar as autoridades a combater insurgentes islâmicos, mas, depois de deixar 150 mil mortos, nos últimos anos a violência diminuiu, e críticos do governo alegam que as medidas estão sendo usadas para reprimir as liberdades políticas.
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