Após o Uruguai ratificar na terça-feira, 30, seu tratado constitutivo, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) enfim passará a ter vida legal, o que lhe dará impulso para se transformar na instituição mais importante da região.
A aprovação da Câmara de Senadores do país, depois da aceitação dos deputados na semana passada, transforma o Uruguai no nono país a ratificar o tratado, alcançando o número necessário para sua entrada em vigor.
Isso significa que dentro de 30 dias, segundo o estabelecido em sua carta magna, a Unasul passará a ser uma entidade jurídica internacional, podendo ter contas correntes, funcionários e edifícios.
A Unasul é a iniciativa de coordenação política mais ambiciosa de uma região historicamente submissa a conflitos entre os diferentes governos, surgida após a estagnação de outros processos de integração, como o Mercosul e a Comunidade Andina de Nações.
Entre as conquistas da Unasul estão, segundo os analistas, a mediação para atenuar as diferenças de Venezuela e Colômbia, no conflito político interno da Bolívia e na revolta no Equador, em 30 de setembro.
Atualmente, o principal desafio dos países-membros para consolidar a entidade é, após a morte de Nestor Kirchner, encontrar um novo secretário-geral.
Não está sendo fácil encontrar um candidato que possa ser consenso entre os governos de direita e de esquerda da região, já que a Unasul avança com base na unanimidade.
Os presidentes do grupo debaterão o tema nesta semana no marco da Cúpula Ibero-Americana, em Mar del Plata, depois de não terem chegado a nenhum candidato formal na reunião da semana passada, em Georgetown, quando a Guiana assumiu a Presidência temporária da instituição.
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