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Após resgate, presidente confirma morte de um militar no Equador

Após resgate, presidente confirma morte de um militar no Equador

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:11

O presidente do Equador, Rafael Correa, confirmou que um integrante de uma equipe policial de elite, leal ao governo, morreu nesta quinta-feira (30) na operação militar realizada para resgatá-lo de dentro de um hospital sitiado na capital, Quito .

Veja fotos do protesto   O presidente enfrenta um forte protesto de policias pois ameaça retirar uma série de benefícios econômicos dos militares e da polícia, dentro de seu plano de austeridade e enxugamento do setor público. O governo decretou estado de exceção depois de denunciar que enfrenta uma tentativa de golpe de Estado.

Em entrevista após ser libertado, Correa disse que o militar morto é Froilán Jiménez, do Grupo de Operações Especiais (GOE) da polícia.

Correa foi recebido na noite desta quinta como um herói na Praça Maior de Quito, onde era aguardado por milhares de partidários após ser resgatado. Do balcão do palácio, Correa pronunciou um emocionado discurso no qual confessou ser este "um dos dias mais tristes" de sua vida, e "sem dúvida o mais triste" de quase quatro anos de governo. "Por um grupo de delinquentes, pela infâmia dos conspiradores de sempre, maltrataram, sequestraram o presidente, e para libertá-lo caíram irmãos equatorianos."

Correa, que anunciou a morte de um policial na operação militar para resgatá-lo, retificou a informação de 27 feridos e disse que apenas cinco pessoas se machucaram entre os efetivos leais ao governo.

"Hoje, um presidente não claudicou como fizeram outros covardes", disse Correa sobre seus predecessores derrubados na última década. "Lucio assassino", respondeu a multidão reunida na praça, em alusão ao ex-presidente Lucio Gutiérrez, um golpista depois eleito presidente e derrubado do poder em 2005.

Ele também anunciou a demissão dos policiais que aderiram à tentativa de golpe e repetiu que não revogará a lei que motivou a revolta.

"Estes supostos policiais envergonham a instituição policial, terão que sair das fileiras policiais", disse.

O comandante da Polícia Nacional, general Freddy Martínez, renunciou ao cargo.

Segundo o ministério da Defesa, há um ferido que integra a segurança particular de Correa. O homem sofreu uma perfuração no pulmão.

O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, ficou levemente ferido na cabeça por policiais rebelados em frente ao hospital. Entretanto, já recuperado, recebeu Correa no Palácio de Carondelet, sede do Executivo.

O coronel Luis Castro, chefe da operação de resgate, disse que os militares que furaram o cerco dos policiais rebelados enfrentaram o fogo de franco-atiradores.

A agência pública Andes informou que o carro no qual foi levado o presidente Rafael Correa, depois de ser resgatado, sofreu quatro impactos de fuzil. A agência acrescentou que há três marcas na carroceria e uma no parabrisas, do lado em que estava o presidente. O presidente enfrenta oposição até mesmo dos parlamentares de seu próprio partido por conta dessas medidas, e ele manifestou a intenção de dissolver o Congresso para passá-las. Isso está previsto na legislação de 2008, mas precisa ser feito sob a chancela do tribunal constitucional do país.       Postado por: Guilherme Pilão

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