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Assange inicia batalha judicial para evitar extradição

Assange inicia batalha judicial para evitar extradição

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:57

Defesa de Assange alegará falta de motivos para extradção

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deu início nesta segunda-feira a uma batalha legal em uma corte em Londres para tentar impedir a sua extradição para a Suécia, onde é acusado de estupro.

Assange nega a acusação de ter violentado duas mulheres na Suécia.

A expectativa é de que Assange argumente que os promotores suecos não teriam o direito de emitir um mandado de prisão porque ele não havia sido indiciado formalmente por nenhum delito.

Durante a audiência, na Corte dos Magistrados de Belmarsh, em Londres, os advogados de Assange também deverão questionar se o pedido de extradição não pode acarretar violações de direitos humanos básicos do acusado.

A equipe de advogados de Assange, comandada por Geoffrey Robertson, deve alegar que se seu cliente for forçado a ir para a Suécia, ele poderá ser extraditado para os Estados Unidos ou até mesmo ser enviado para a prisão de Guantánamo por outras acusações, ligadas à divulgação de documentos diplomáticos secretos pelo WikiLeaks.

A defesa de Assange diz temer que ele seja sentenciado à pena de morte, caso seja extraditado para os Estados Unidos.

O site de denúncias WikiLeaks divulgou mensagens diplomáticas secretas dos Estados Unidos, assim como outros documentos contendo segredos de governos e diferentes organizações.

Argumentos técnicos

De acordo com o repórter da BBC Clive Coleman, os advogados de Assange deverão se centrar em argumentos técnicos, entre eles o de que o promotor sueco do caso não seria uma autoridade judicial reconhecida.

Eles também argumentarão que a extradição está sendo solicitada para permitir que Assange seja interrogado e não processado, o que significa que as autoridades suecas poderiam solicitar que ele fosse interrogado pela polícia britânica ou pela internet, em vez de pedir sua extradição.

Outra linha de defesa que poderá ser usada é a de que Assange não receberia um julgamento justo na Suécia, uma vez que casos de estupro no país costumam ser realizados sem a presença de um júri e em segredo.

A promotoria deve argumentar que Assange, australiano de 39 anos, deve ser extraditado para enfrentar acusações de estupro sob a lei sueca, devido a alegações feitas por duas mulheres.

Assange foi solto sob fiança por decisão de um juiz da Corte Alta da Grã-Bretanha antes do Natal, após ter passado nove dias na prisão.

Simpatizantes do fundador do WikiLeaks e o próprio Assange dizem que a acusação tem motivação política.

A audiência de extradição deve durar dois dias.    

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