Após dez anos, a líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi reencontrou nesta terça-feira, em Yangun, um de seus filhos, Kim Aris, a quem as autoridades de Mianmar concederam o visto de duas semanas que previamente havia sido negado em várias ocasiões.
"Agora me sinto muito feliz", disse Suu Kyi aos jornalistas após receber o filho no aeroporto internacional de Yangun, a maior cidade do país e antiga capital. Aguardaram Kim Aris com Suu Kyi vários seguidores da Nobel da Paz e veteranos membros da Liga Nacional pela Democracia (LND).
Desde sua libertação, Suu Kyi passa a maior parte do tempo na sede da LND e em sua casa, na parte alta de Yangun. Suu Kyi, que foi libertada em 13 de novembro após sete anos e meio de cativeiro, aguardava há dias a chegada do mais novo dos dois filhos que teve com o professor britânico Michael Aris, falecido em 1999 por um câncer de próstata.
Kim, que assim como o irmão Alexander teve cancelado seu passaporte birmanês há mais de uma década, se encontrava há várias semanas em Bangcoc esperando que pudesse entrar em Mianmar.
Kim, de 33 anos e que mora no Reino Unido, é o menor dos dois filhos de Suu Kyi, de 65 anos, considerada o símbolo da democracia e filha do general Aung San, herói da independência do país. Seu outro filho, Alexander, de 37 anos, recolheu em nome de Suu Kyi o Prêmio Nobel da Paz em 1991, já que a ativista cumpria prisão domiciliar.
Os generais ofereceram o exílio a ela, mas Suu Kyi preferiu ficar em Mianmar, sacrificando sua liberdade e o convívio com a sua família, já que não pôde nem mesmo despedir-se do marido quando este morreu em Londres.
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