As autoridades do Bahrein decretaram nesta quarta-feira (16) toque de recolher a partir das 16h, pelo horário local, (10h, horário de Brasília) até as 4h em setores do centro de Manama, onde ocorrem as manifestações de opositores ao regime.
O porta-voz do governo disse que a decisão do toque de recolher foi tomada até nova ordem e acrescentou que os protestos estão proibidos em todo o território nacional. Com a medida, as forças de segurança do Bahrein conseguiram controlar as manifestações no centro da capital Manama. Para reprimir os rebeles, a polícia usou gás lacrimogêneo e teve o apoio de helicópteros. Os jovens reagiram com coquetéis molotov, mas se dispersaram quando foram atingidos por mais gás lacrimogêneo. Em cerca de duas horas a praça já estava vazia.
Usando máscaras pretas e armas semiautomáticas, os soldados também bloquearam várias ruas, incluindo o principal acesso ao bairro xiita de Sitra. As ruas ficaram desertas, as lojas foram fechadas, e as pessoas fizeram fila em caixas eletrônicos.
'Há tiros perto e longe. Não é só tiro para o alto, é uma guerra urbana', disse um morador que vive perto da Rodovia Budaya, no noroeste do Bahrein, acrescentando que as forças havia interrompido três pontes que ligam o aeroporto de Barein, na ilha Muharraq, à ilha principal. Pelo menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos confrontos desta quarta-feira (16) na Praça da Pérola em Manama. De acordo com Halil Marzuk, deputado do movimento xiita Al-Wefaq, as forças de segurança usaram munição real com a "intenção deliberada de matar manifestantes".
Ali Al-Aswad, outro deputado do Al-Wefaq, afirmou que as forças oficiais foram mobilizadas em várias localidades xiitas nos arredores de Manama, onde aconteceram confrontos.
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