O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, advertiu nesta terça-feira, 21, que a Costa do Marfim corre "sérios riscos" de retornar a uma situação de guerra civil, com mercenários recrutados de países vizinhos. Ban agradeceu a Assembleia Geral da ONU realizada na sexta por apoiar a posição da África de que o líder da oposição, Alassane Ouattara, derrotou o presidente Laurent Gbagbo nas últimas eleições.
Gbagbo ordenou que a força de pacificação da ONU deixasse a Costa do Marfim, Mas o Conselho de Segurança da ONU prolongou o mandato dos capacetes azuis por mais seis meses e Ban afirmou que seu papel agora "é ainda mais fundamental" para a estabilidade do país.
Ban também afirmou que as forças da ONU na Costa do Marfim "também confirmaram que mercenários, incluindo ex-combatentes da Libéria, foram recrutados para atingir certos grupos da população". Segundo o secretário, forças leais ao presidente estão obstruindo funcionários da ONU e suas operações, tentando interromper a entrega de suprimentos à missão do órgão mundial e no Hotel Golf, onde o candidato da oposição está.
Ban advertiu que "qualquer tentativa de submeter a missão da ONU não será tolerada (...). Os que perpetram tais atos, ou que prejudicam civis, serão enquadrados no âmbito das leis nacionais e internacionais de direitos humanos".
Gbagbo enfrenta grande pressão para renunciar, já que a comunidade internacional reconheceu a vitória de seu rival na eleição presidencial de 28 de novembro. O novo golpe contra ele partiu da União Europeia, que decidiu proibir que o presidente e seu círculo de assessores e familiares viajem ao bloco.
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