O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, disse nesta segunda-feira que os massivos protestos de domingo na Itália pela dignidade das mulheres foram uma "mobilização partidária" contra ele, durante uma entrevista por telefone a uma das emissoras de TV que controla.
"Me pareceu um pretexto para apoiar um teorema judicial que não tem nada a ver com a realidade, uma manifestação partidária contra a minha pessoa por parte de uma esquerda que se vale de todos os meios possíveis para acabar comigo", disse o premier ao Mattino Cinque, programa da rede Canale 5 que pertence a seu grupo, o Mediaset.
"Todas as mulheres que me conhecem sabem que tenho muita consideração e respeito", acrescentou. Centenas de milhares de italianas se manifestaram no domingo em todo o país para dizer "Basta!" a Silvio Berlusconi, ao considerar que a dignidade das mulheres está sendo atacada pelo escândalo conhecido como "Rubygate", que envolve o chefe do governo italiano.
A justiça de Milão pediu na semana passada que Berlusconi seja julgado imediatamente por prostituição de menores e abuso de poder.
A investigação apura os supostos serviços sexuais da jovem marroquina Karima El Mahrug, prestados a Berlusconi quando ela ainda era menor de idade, assim como a intervenção do "Cavaliere" junto à polícia, para libertar a jovem depois que ela foi detida por roubo, em maio de 2010.
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