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Henrique Capriles, que venceu as primárias da oposição, prometeu que não vai brigar com Chávez, mas sim &solucionar problemas&
O novo líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, afirmou nesta segunda-feira que está trabalhando na agenda de visitas ao exterior após ter vencido as primárias organizadas pelos adversários do presidente Hugo Chávez, e destacou que sua primeira viagem deve ser para o Brasil.
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Vencedor das primárias da oposição venezuelanas gesticula durante coletiva em Caracas
Foto: Reuters
Capriles disse que tem pensado em visitar a América do Sul e a Europa e que está "montando" essa agenda de contatos, embora tenha ressaltado que não tem por que transformar essas viagens em algo "midiático".
O político, que se definiu como seguidor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, venceu nas primárias da oposição realizadas no domingo com 1.806.860 votos contra os 867.601 do governador de Zulia, Pablo Pérez.
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Ele prometeu levar adiante uma "nova forma" de fazer política e não vai se concentrar em brigar com o presidente Hugo Chávez, a quem enfrentará. "Com a vitória de ontem ficou claro o que o país busca: uma nova liderança, uma nova maneira de fazer política, uma mudança", declarou o governador do Estado de Miranda.
"Não me escolheram para brigar com ninguém, mas para solucionar problemas", comentou, se referindo a Chávez. "Ele vai ter que brigar apenas com o espelho, porque não me interessa brigar. Minha preocupação é enfrentar os problemas, não falar o dia todo", acrescentou o advogado de 39 anos que muitas vezes criticou o presidente por seus longos discursos.
O governador, com uma carreira política iniciada há 14 anos como deputado e depois como prefeito, garantiu que durante sua campanha presidencial percorrerá a Venezuela "como ninguém percorreu em anos, como talvez tenham feito em 98", em alusão à campanha que levou Chávez ao poder pela primeira vez.
Capriles, descendente de uma família judia apesar de se declarar católico, afirma não se preocupar com a grande quantidade de recursos de que o governo dispõe nesse ano eleitoral graças aos altos preços do petróleo.
"Temos que ser sonhadores e otimistas, não impormos barreiras. Estamos construindo uma realidade política distinta no país. Não nos intimidam os recursos e as lealdades que o governo compra", declarou.
Cerca de 2,9 milhões de eleitores participaram das primárias opositoras, nas quais Capriles foi nomeado candidato de unidade para enfrentar Chávez nas eleições presidenciais do próximo dia 7 de outubro.
Com EFE e AFP
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