O ex-presidente dos EUA Jimmy Carter chegou nesta quarta-feira à Coréia do Norte, em missão para tentar obter a libertação de um americano preso no país.
Acusado de entrar ilegalmente na Coréia do Norte, o americano Aijalon Mahli Gomes, de 31 anos, foi condenado em abril deste ano a oito anos de trabalhos forçados.
Carter foi recebido no aeroporto pelo negociador de assuntos nucleares norte-coreano, Kim Kye-gwan, segundo a agência de notícias estatal norte-coreana, KCNA.
Autoridades americanas disseram acreditar que Carter passaria uma noite no país comunista. Ele chegou a Pyongyang no começo da noite de quarta-feira (horário local).
'Missão de um homem só'
Gomes, que ensinava inglês na Coréia do Sul, teria cruzado a fronteira da China com a Coréia do Norte em janeiro. O americano, que se define como cristão, teria ido ao país em "uma missão de paz de um homem só", de acordo com agências sul-coreanas.
Ele recebeu a visita de um representante do governo americano e de dois médicos em um hospital de Pyongyang no começo de agosto. A Coréia do Norte disse em julho que Gomes tentou cometer suicídio.
Ao visitar a Coréia do Norte, Carter segue os passos de outro ex-presidente dos EUA, Bill Clinton. Ano passado, Clinton conseguiu obter a libertação de duas jornalistas dos EUA, presas na Coréia do Norte sob acusação de entrar ilegalmente no país.
As jornalistas, Laura Ling e Euna Lee, foram perdoadas e voltaram aos EUA com Clinton.
A visita de Carter ocorre em um momento de tensão elevada entre as Coréias, devido, entre outros fatores, ao afundamento de um navio de guerra sul-coreano.
Investigadores internacionais afirmam que um torpedo norte-coreano atingiu o navio Cheonan, que afundou perto da fronteira em disputa entre as Coréias, no dia 26 de março. O incidente causou a morte de 46 marinheiros.
Desde o episódio, EUA e Coréia do Sul deram início a uma série de exercícios militares conjuntos, irritando o governo de Pyongyang.
As negociações para persuadir a Coréia do Norte a pôr fim a suas ambições nucleares, lideradas por seis países, estão estagnadas há vários meses.
Postado por: Thatiane de Souza
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