Pelo menos 21 pessoas morreram em combates entre tropas do governo e forças rebeldes na região de Darfur, no leste do Sudão, na sexta-feira.
Um porta-voz do Exército sudanês disse que os combates, em uma das principais rodovias que ligam o norte e o sul do país, duraram horas e resultaram na morte de 13 rebeldes e oito soldados.
Há relatos de que dois grupos rebeldes participaram da ação: o Movimento pela Justiça e Igualdade e uma das facções do Exército de Liberação do Sudão.
Desde o início da rebelião em Darfur, em 2003, as estimativas são de que pelo menos 300 mil pessoas já morreram. Há negociações em andamento entre grupos rebeldes e o governo na cidade de Dohar, mas não há ainda sinais de um acordo de paz.
Em seu último relatório sobre Darfur, a União Africana (UA) observou um aumento nos combates entre Exército e rebeldes armadas desde novembro. A maior parte deles não é reportada, e resulta em relativamente poucas mortas, afirma o documento.
O editor de África da BBC, Martin Plaut, avaliou que os conflitos não ocorrem na mesma escala dos primeiros anos da guerra civil, mas ainda assim têm um efeito 'imenso' sobre a população.
Desde outubro, cerca de 40 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas.
As tropas conjuntas da União Africana e da ONU, que contam com cerca de 17 mil soldados em Darfur, dizem manter uma 'presença robusta' em campo para evitar mais violência.
Entretanto, mesmo para as tropas internacionais, a movimentação é restrita, por causa dos inúmeros postos de checagens montados tanto por parte do governo quanto de rebeldes.
Para o editor da BBC, enquanto o sul do Sudão caminha para a independência - através do referendo popular da semana passada -, o futuro da província semi-desértica de Darfur permanece sob a sombra da guerra.
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