Uma trégua unilateral de sete horas decretada pelo Exército israelense entrou em vigor às 4h da manhã (10h em Israel) em algumas áreas da Faixa de Gaza, em meio à indignação internacional pelo terceiro ataque mortal em uma escola da ONU que abriga palestinos deslocados e à crescente pressão para o fim do derramamento de sangue. Imediatamente após o início do cessar-fogo temporário, os palestinos acusaram Israel de violar a trégua bombardeando uma casa na Cidade de Gaza e matando um palestino, de acordo com o jornal “Jerusalem Post”. Enquanto isso, foguetes palestinos foram lançados contra o território israelense.
É a oitava tentativa de cessar-fogo desde o início da guerra há quatro semanas. As sete tréguas anteriores fracassaram poucas horas depois de terem começado. As forças militares de Israel explicaram que a pausa tem o objetivo de abrir uma janela humanitária e permitir o retorno de palestinos deslocados a suas casas. A trégua, no entanto, não se aplica a áreas onde as tropas ainda estavam operando ou iriam responder a qualquer ataque.
Mais cedo, um ataque aéreo israelense matou um líder militante da Jihad Islâmica, em Gaza, poucas horas antes do cessar-fogo. O grupo, aliado próximo do Hamas, disse que seu comandante morreu em um bombardeio que atingiu sua casa pouco antes do amanhecer.
Outros ataques aéreos israelenses no campo de refugiados de Al-Shati, a leste da cidade de Gaza, deixaram ao menos 15 feridos, de acordo com a agência de notícias palestina Ma'an.
O anúncio da breve trégua segue a decisão do gabinete de segurança de Israel de não tentar chegar a um acordo por meio de negociações com o Hamas e outros grupos palestinos em Gaza. O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que o grupo estava cético sobre o novo cessar-fogo.
— A calma que Israel declarou é unilateral e tem como objetivo desviar a atenção dos massacres israelenses. Não confiamos em tal calma e alertamos nosso povo para tomar cuidado — disse Zuhri.
Israel vem diminuindo suas operações por terra desde o fim de semana, mas manteve seus bombardeios aéreos, marítimos e de artilharia. No 28º dia de ofensiva, ataques aéreos continuaram durante a noite em Gaza, embora em menor intensidade do que nas noites anteriores. A guerra deixou até o momento mais de 1.800 palestinos e mais de 60 israelenses mortos.
O porta-voz do Exército israelense Peter Lerner disse que as Forças de Defesa de Israel estavam perto de completar sua missão de destruir a rede de túneis do Hamas que leva até Israel. Moradores de algumas áreas de Gaza, que tinham sido advertidos para se retirarem, foram informados de que poderiam voltar para suas casas.
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