O Congresso dos Estados Unidos aprovou na madrugada desta sexta-feira (17) um plano de US$ 858 bilhões em cortes tributários para milhões de americanos até 2012 e de subsídios a desempregados.
Com 277 votos a favor e 148 contra, a Câmara de Representantes aprovou o controverso plano tributário negociado pela Casa Branca com os republicanos na semana passada, o mesmo que recebeu o aval do Senado na quarta-feira (15), com 81 votos a favor e 19 contra.
A medida, que os democratas tentaram modificar durante três horas em um ácido debate, passará agora para a promulgação do presidente dos EUA, Barack Obama. Os cortes, aprovados durante a gestão de George W. Bush, venciam em 31 de dezembro, e sem essa extensão a maioria dos americanos teria sofrido um aumento tributário a partir de janeiro de 2011.
A votação final aconteceu depois de ter sido rejeitada uma emenda do democrata Earl Pomeroy que estabelecia em 45% o imposto a heranças superiores a US$ 3,5 milhões.
O plano de cortes, que se tornou a máxima prioridade da Casa Branca para estimular a recuperação econômica, estende até 2012 a redução de impostos para todos os níveis salariais e a 13 meses os subsídios para dois milhões de desempregados.
Entre outras medidas, também estende temporariamente os cortes a outros tipos de impostos, incluindo os do Seguro Social.
Após longa demora e ataques partidários, o debate iniciou com atraso e foi caracterizado por acusações dos dois partidos de uma luta de classes no país.
Os democratas se queixaram de que o plano de cortes se estende também aos ricos, que, segundo sua opinião, não precisam.
A presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, criticou o fato de que cerca de 6.600 famílias bilionárias se beneficiarão dos cortes de impostos por patrimônio, embora não criem empregos.
Segundo uma pesquisa divulgada na quinta-feira pela emissora de televisão NBC e pelo diário The Wall Street Journal, 59% dos americanos apoiam o plano, contra 36% que se opõem.
A enquete também mostra que 61% dos ouvidos consideram que a medida é um acordo justo entre a Casa Branca e a oposição, enquanto 23% acreditam que o presidente Barack Obama fez muitas concessões. Já 10% acreditam que foram os republicanos os que fizeram concessões em demasia.
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