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Coreia do Norte ameaça manter ataques contra Coreia do Sul

Coreia do Norte ameaça manter ataques contra Coreia do Sul

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

A Coreia do Norte ameaçou continuar lançando ataques contra a Coreia do Sul se a fronteira marítima em disputa pelos dois países for violada "nem que seja 0,001 milímitro". O alerta foi feito pelo comando militar supremo da Coreia do Norte, que advertiu que "lançará ataques retaliatórios impiedosos", segundo a Agência de Notícias sul-coreana.

As declarações se seguiram a disparos de artilharia lançados pela Coreia do Norte nesta terça-feira contra uma ilha sul-coreana localizada perto da disputada fronteira ocidental, em um dos mais pesados bombardeios contra o sul desde a Guerra da Coreia (1950-1953).

Segundo autoridades sul-coreanas, os disparos incendiaram prédios e deixaram pelo menos dois oficiais da Marinha mortos. De acordo com o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, 15 soldados sul-coreanos ficaram feridos, cinco deles gravemente. O ataque, lançado depois de o regime de Pyongyang alertar o Sul a suspender exercícios militares na área, também deixou três civis feridos.

O Ministério da Defesa sul-coreano disse nesta terça-feira que os disparos de projéteis foram uma violação clara do armistício entre os dois países, acusando o governo norte-coreano de ter planejado os ataques intencionalmente. "Esse é um ataque intencional e planejado e é claramente uma violação do armistício", disse Lee Hong-ki, autoridade do Ministério da Defesa.

A TV sul-coreana YTN afirmou que pelo menos 200 tiros foram disparados contra Yeonpyeong, que fica na costa ocidental da península dividida entre as duas Coreias. A maioria dos projéteis caiu em uma base militar sul-coreana. Forças sul-coreanas revidaram e enviaram um jato de combate para a área.

O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, disse que é preciso ser dada uma resposta firme ao ataque contra a ilha de Yeonpyeong, situada a apenas 120 quilômetros da capital, Seul. Desde que foi eleito presidente, há cerca de três anos, Lee vem adotando uma linha política dura em relação ao Norte.

As duas Coreias ainda estão tecnicamente em guerra, já que o conflito dos anos 50 terminou com a assinatura de um armistício, e não de um acordo de paz.

No começo do ano, a tensão na península coreana subiu drasticamente, depois que o governo sul-coreano acusou o Norte de ter torpedeado uma de suas embarcações navais, causando a morte de 46 marinheiros.

"As casas e montanhas estão sob fogo e as pessoas estão sendo retiradas. Não dá para enxergar direito por causa das nuvens de fumaça", disse uma testemunha, na ilha, à TV YTN. "As pessoas estão apavoradas. Enquanto falamos, os disparos continuam."

Repercussão

A Casa Branca condenou fortemente o ataque e exigiu o fim das ações. "Os EUA condenam fortemente um ataque de artilharia desfechado pela Coreia do Norte contra uma ilha da Coreia do Sul e pedem à Coreia do Norte que interrompa suas ações beligerantes", disse a Casa Branca em um comunicado.

A China expressou preocupação com o incidente. Hong Lei, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, disse que os dois lados da península deveriam "fazer mais para contribuir para a paz", sendo imperativo o retorno às conversações envolvendo seis países, com o objetivo de pôr fim ao programa nuclear da Coreia do Norte.

A China é o único aliado expressivo da Coreia do Norte. A ajuda econômica e o apoio diplomático chinês são importantes para o isolado país comunista, cujo líder, Kim Jong-il, visitou a China duas vezes este ano para fortalecer as relações bilaterais.

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