Os negociadores da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece em Copenhague, na Dinamarca, começaram esta quarta-feira (9) tentando acalmar os ânimos e colocar as negociações de volta nos eixos depois de um dia agitado ontem. O vazamento de um documento criou polêmica entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento.
Ontem, a anfitriã Dinamarca já tinha pronta uma minuta de acordo para satisfazer aos desejos de potências como os Estados Unidos e o Reino Unido, segundo as ONGs. O esboço, de oito páginas, data de 27 de novembro do ano passado e aborda as condições para reduzir em 50% as emissões de CO2 (dióxido de carbono), gás considerado o ''vilão'' do aquecimento global, até 2050, levando em conta os índices de.
Kim Carstensen, do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), criticou o fato de a minuta dinamarquesa tentar satisfazer aos interesses dos países ricos, em vez de propor uma solução ''ambiciosa e justa''.
O principal problema do texto, segundo o ativista, é que ele não cria um marco legal obrigatório para os compromissos de redução de emissão de CO2 e os mecanismos de financiamento para que os países alcancem esses objetivos.
As ONGs condenam o documento por ele nunca ter sido apresentado nas negociações e pelo fato de só ter sido mostrado em círculos fechados na semana passada. Essas organizações dizem que o texto provocou uma reação defensiva de países como Brasil, China, Índia e África do Sul, que fizeram circular uma proposta própria.
O secretário-executivo da ONU para a Mudança Climática, o austríaco Yvo de Boer, evitou polemizar e disse que o texto dinamarquês é um ''documento extraoficial'' distribuído antes da conferência para que ''várias pessoas'' pudessem ''consultá-lo''.
''Os únicos textos formais no processo da ONU são os colocados sobre a mesa durante as sessões da conferência de Copenhague por aquelas pessoas incumbidas pelas partes envolvidas''.
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