O ditador do Sudão, Omar Hassan Al Bashir, chegou nesta quarta-feira ao Chade, em sua primeira visita a um país que reconhece o Tribunal Penal Internacional, que decretou contra ele ordem de prisão por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Darfur.
A ordem de prisão foi decretada em 2009, mas nunca pode ser cumprida porque o Sudão não é membro da corte internacional e nem nenhum país visitado pelo ditador desde então.
O governo sudanês, contudo, diz estar confiante que Chade não vai entregá-lo para a corte internacional.
As agências de notícias dizem que Bashir foi recebido no aeroporto pelo presidente chadiano, Idriss Deby. Ele vai participar de uma cúpula da Comunidade de Estados Sahel-Saara.
A organização de direitos humanos Human Rights Watch pediu ao Chade que prende Bashir, sob risco de se tornar o primeiro país membro do tribunal a proteger um suspeito de crimes de guerra.
Bashir, no poder há 21 anos, é o primeiro chefe de Estado em exercício a ser objeto de uma ordem de prisão do TPI --primeiro tribunal internacional permanente encarregado de julgar os autores de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.
Os juízes acrescentaram na semana passada três acusações de genocídio na ordem de prisão do ditador, por matar, causar danos físicos e psicológicos e "deliberadamente infligir condições de vida calculadas para trazer destruição física".
Darfur é cenário de um conflito armado desde 2003, quando dois grupos rebeldes iniciaram uma luta ao governo para protestar contra a pobreza e a marginalização que os habitantes da área sofrem.
Desde então, a guerra civil deixou mais de 300 mil mortos e dois milhões de refugiados, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
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