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Egito diz que não vai reconhecer Israel como Estado judaico

Egito diz que não vai reconhecer Israel como Estado judaico

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, rechaçou nesta segunda-feira a exigência feita pelo primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, de que os palestinos devem reconhecer Israel como "Estado nacional do povo judeu" para terem direito a seu próprio Estado.

Durante uma cerimônia militar em Anshar, cidade do Delta do Nilo, ele afirmou que a reivindicação - feita durante discurso de Netanyahu em uma universidade israelense neste domingo - "aborta qualquer oportunidade para trazer a paz".

"Ninguém vai apoiar esse pedido, nem no Egito nem no outro lado", disse.

A exigência é rechaçada pelo mundo árabe por causa do temor que ela acabe com o direito de retorno dos milhões de refugiados palestinos - que residem em países como o Líbano, a Síria, a Jordânia, entre outros -, e que é apoiado pela ONU e assunto chave nas negociações de paz.

O presidente egípcio recordou nesta segunda-feira que, quando se encontrou com o presidente americano, Barack Obama, no último dia 4, transmitiu a ele que "o pedido de Israel para ser reconhecido como um Estado judaico acarretaria um agravamento da situação".

Neste domingo, na Universidade Bar Ilan, próxima a Tel Aviv, Netanyahu afirmou que o problema dos quatro milhões de refugiados palestinos "deve ser resolvido fora das fronteiras de Israel".

O primeiro-ministro israelense também disse que só aceitaria um Estado palestino se ele for desmilitarizado e se reconhecer Israel como um Estado judaico, com Jerusalém como capital indivisível.

O Egito foi o primeiro país árabe a firmar um acordo de paz com Israel em 1979, mas a relação entre os dois vizinhos é muito fria.

Para Mubarak, o Oriente Médio se encontra frente a uma oportunidade única. "Espero que não a percamos, senão a região seguirá sendo um foco de turbulências e instabilidade. O conflito [árabe-israelense] será a chave para solucionar as outras questões da região", concluiu.

Postado por: Felipe Pinheiro

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