O embaixador do Iêmen nas Nações Unidas, Abdullah al Saidi, apresentou sua renúncia para protestar contra a morte na sexta-feira (18) de 52 manifestantes em Sanaa, indicou neste domingo (20) uma fonte da chancelaria.
O diplomata pediu demissão "em sinal de protesto contra o uso da força contra manifestantes em Sanaa", informou uma fonte da chancelaria.
Os manifestantes acusaram partidários do presidente Ali Abdullah Saleh de ter disparado deliberadamente contra eles na sexta-feira, causando 52 mortos e 126 feridos.
Outra diplomata, Jamila Raja, apontada como a próxima embaixadora no Marrocos, indicou à AFP que também tinha apresentado sua demissão para protestar contra a repressão.
Vários ministros, responsáveis e deputados anunciaram nos últimos dias suas renúncias também em protesto pelo uso excessivo da força contra as manifestações que exigem a saída do presidente, no poder há 32 anos.
Ministra
A ministra iemenita dos Direitos Humanos, Huda al Baan, anunciou em um comunicado divulgado no sábado à noite sua saída do governo em sinal de protesto pela repressão às manifestações de sexta-feira em Sanna.
A ministra afirma abandonar o governo e o partido do Congresso Popular Geral do presidente Ali Abdullah Saleh para protestar contra "o massacre cruel" de manifestantes na praça da Universidade de Sanaa, que exigem a saída do chefe de Estado. O subsecretário de seu ministério, Ali Taysir, tomou a mesma decisão.
Uma multidão participou neste domingo, perto da Universidade de Sanaa, do funeral de alguns dos 52 manifestantes mortos na sexta.
Os participantes reuniram-se em uma praça em frente à Universidade de Sanaa e a afluência em massa de pessoas ocupou as avenidas adjacentes do local, segundo enviado da agência France Presse que estimou ser a maior manifestação desde o início dos protestos em janeiro para exigir a saída do presidente Ali Abdullah Saleh.
Esse local é o epicentro dos protestos e na sexta-feira foi cenário de uma sangrenta repressão que deixou 52 mortos e em torno de 126 feridos, segundo fontes, quando homens armados - partidários do regime, segundo os manifestantes - dispararam contra a multidão depois da oração semanal.
O presidente Saleh lamentou a morte dos manifestantes e afirmou que não morreram por disparos de agentes das forças de segurança.
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