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Empresa nega que mineiros tenham alertado sobre risco de desabamento

Empresa nega que mineiros tenham alertado sobre risco de desabamento

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:10

A empresa San Esteban, dona da mina San José, onde 33 mineiros ficaram presos por 69 dias após um desabamento, negou em um comunicado que os trabalhadores tenham advertido para o risco no dia do acidente e que teriam solicitado autorização para abandonar o local.

"A nenhum de nós, os responsáveis pela operação da mina no momento, manifestaram, nem por parte de algum trabalhador nem do chefe de turno a cargo, comentário algum a respeito de ruídos ou explosões incomuns", afirma o comunicado.

"Muito menos solicitaram permissão para abandonar o trabalho em consequência do suposto risco que se corria", completa o texto, assinado pelo chefe de operações Carlos Pinilla e pelo gerente de minas Pedro Simunovic.   Carlos Vilches, parlamentar que integra a comissão de inquérito da Câmara dos Deputados sobre o acidente na mina San José, afirmou após uma conversa com o mineiro Juan Illanes que os trabalhadores haviam alertado para o risco de desabamento na manhã do acidente .

Segundo Vilches, os mineiros pediram para sair da mina três horas antes do desabamento por causa dos fortes barulhos que ouviram no interior da jazida, mas o pessoal encarregado negou a autorização.

"Ele me disse que às 11 horas começaram a ouvir ruídos muito fortes. Pediram para sair e lhes negaram a permissão. Eles acham que houve negligência dos donos e gerentes da mina", afirmou Vilches ao jornal La Tercera.

"Eles sabiam das condições e do risco (...). O mais razoável a fazer era tirá-los de lá", destacou.

A versão teria sido confirmada por outros dois mineiros, Omar Reygadas e Jimmy Sánchez - que, consultados pela imprensa local, mencionaram o pedido de ajuda.

"A mina estava fazendo barulho e nos deixaram lá dentro, mas não posso falar mais do que isso", afirmou Jimmy Sánchez, o mais jovem dos mineiros presos.

Segundo Reygadas, deve ter sido o chefe de turno, Luis Urzúa, ou o capataz Florencio Ávalos quem contatou o gerente de operações da mina, Carlos Pinilla, para adverti-lo sobre os ruídos.

Os 33 mineiros ficaram soterrados no dia 5 de agosto e foram resgatados na quarta-feira da semana passada, após uma operação de 22 horas que acabou com 69 dias de espera.    

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