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Entenda o caso contra Dominique Strauss-Kahn

Entenda o caso contra Dominique Strauss-Kahn

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:36

No dia 14 de maio, então diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional) Dominique Strauss-Kahn foi detido em Nova York por um suposto delito sexual contra uma funcionária de um hotel.

O celular esquecido no quarto do hotel Sofitel, em Nova York, foi decisivo para a prisão de Strauss-Kahn. O francês ligou do aeroporto JFK para a recepção informando onde estava e pedindo para que o aparelho fosse devolvido. Do outro lado da linha, um policial atendeu e direcionou equipes para o terminal aéreo.

As revelações chegaram ao mesmo tempo em que a audiência do chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional) era aguardada num tribunal de Nova York.

No dia seguinte, em 15 de maio, o diretor-gerente do FMI foi indiciado por agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro de uma camareira de 32 anos em um quarto de hotel de Nova York.

Na França, surgiu a tese de um "complô" contra Strauss-Kahn, que era membro do Partido Socialista e principal rival de Sarkozy nas próximas eleições presidenciais, evocada na França por membros da esquerda e também da direita e se espalhou pela internet. DSK era o favorito em todas as intenções de voto.

Em um primeiro momento, a Justiça de Nova York negou a possibilidade de pagamento de fiança e o ex-diretor do FMI foi para a penitenciária de Rikers Island, localizada numa ilha em Nova York.

Strauss-Kahn renunciou ao cargo no FMI em meio ao escândalo no dia 18 de maio.

Alguns dias depois, no dia 19 de maio, foi concedida a opção de pagar fiança milionária para que DSK tivesse o benefício de responder em prisão domiciliar à acusação de crime sexual. Ele pagou US$ 1 milhão e depositou US$ 5 milhões em juízo (que depois podem ser devolvidos) e permaneceria em prisão domiciliar até o julgamento do mérito do caso. No dia seguinte, Strauss-Kahn foi transferido para prisão domiciliar.

Em casa, nos EUA, tinha que utilizar uma pulseira eletrônica que monitorava seus movimentos pelo sistema de posicionamento global GPS e ficava sob a vigilância de câmeras.

Na audiência do dia 6 de junho,DSK declarou ser inocente. A camareira contratou como seu advogado Kenneth Thompson, famoso por conseguir vultosas indenizações em casos civis.

No dia 28 de junho, a francesa Christine Lagarde foi eleita para chefiar o FMI no lugar de Strauss-Kahn.

Nesta sexta-feira, o caso sofreu uma reviravolta devido à falta de credibilidade do depoimento da camareira do hotel em Nova York que ele é acusado de atacar.

A Promotoria se reuniu com os advogados de Strauss-Kahn e detalharam os achados, para discutir a possível suspensão das acusações. Entre as descobertas está a de que a camareira pode estar envolvida em crimes, incluindo tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

De acordo com os oficiais ouvidos pelo jornal, a camareira havia conversado por telefone com um homem encarcerado na época em que se encontrou com Strauss Kahn. Ela discutiu com ele os possíveis benefícios de acusá-lo, e a conversa foi gravada.

O homem em questão foi preso por carregar uma grande quantidade de maconha. Ele faz, também, parte de um grupo de pessoas que realizou diversos depósitos na conta da camareira, totalizando US$ 100 mil, durante os dois últimos anos. Ela diz não saber do dinheiro.

Nas últimas semanas, os advogados do político já tinham deixado claro que explorariam a credibilidade da mulher a favor do caso. Em 25 de maio, haviam dito que tinham encontrado informações que poderiam "comprometer gravemente a confiabilidade" da camareira.

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