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Equipes de emergência retomam trabalhos nas ilhas Mentawai

Equipes de emergência retomam trabalhos nas ilhas Mentawai

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:08

As equipes de emergência retomaram nesta sexta-feira, 29, os trabalhos de resgate e a entrega de ajuda humanitária no arquipélago indonésio de Mentawai, que sofreu um terremoto seguido de tsunami matando mais de 400, deixando mais de 330 pessoas desaparecidas. e mais de 13 mil alojados em abrigos. O chefe de missão da Federação Internacional da Cruz Vermelha em Sumatra Ocidental, Hans Bochove, explicou que será muito difícil encontrar sobreviventes, pois o terremoto de magnitude 7,7 na escala Richter, aconteceu há quatro dias atrás, na segunda-feira, 25.

Bochove disse que a situação ainda está sendo avaliada no arquipélago de 70 ilhas e ilhotas, cuja região sul foi engolida por uma onda gigante de seis metros de altura que, segundo testemunhas, invadiu mais de meio quilômetro em terra firme.

Não está fácil a entrega de ajuda humanitária aos desabrigados, muitos deles feridos, no isolado arquipélago, próximo ao litoral de Sumatra.A Cruz Vermelha enfrenta um problema de logística para entregar ajuda nas ilhas, onde centenas de vítimas não estão sem teto.

Pouco a pouco vão chegando água potável, alimentos, barracas de lona e outros produtos básicos para a ilha de Pagai, onde dez vilas foram arrasadas e várias desapareceram vila de Detumonga, na ilha de Pagai, foi a mais afetada pelo tsunami, com 170 mortos e 270 desaparecidos.

Em meio à desolação, também se vive esperança. As equipes de emergência conseguiram resgatar uma criança de 18 meses que sobreviveu três dias em uma árvore após perder os pais.

As autoridades indonésias asseguram que o sistema de alarme de tsunamis, dotado de boias para detectar a onda gigante, deixou de funcionar há um mês pela falta de pessoal qualificado para manutenção.

No entanto, um técnico alemão que trabalha no projeto de alerta assinalou que somente uma das 300 boias distribuídas no mar falhou.

"O sistema de alarme antecipado funcionou muito bem, é algo que pode-se verificar", indicou Joern Lauterjung, chefe do projeto de alerta de tsunamis indonésio-alemão GeoForschungsZentrum.

De qualquer maneira, todos concordam que as ilhas estavam perto demais do epicentro e foram atingidas pelas ondas em cinco ou dez minutos, o que tornaria inútil qualquer alarme.

O sistema foi instalado após o tsunami de 2004, causado por um terremoto de magnitude 9,1 que destruiu cidades litorâneas de uma dúzia de nações banhadas pelo Oceano Índico e deixou 226 mortos.

A Indonésia fica sobre o chamado Círculo de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é atingida por cerca de 7 mil tremores anualmente, a maioria de baixa magnitude e não sentida pela população.    

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