Os Estados Unidos expandiram nesta terça-feira, 21, as sanções contra o Irã por causa dos programas nuclear e de mísseis do país persa e também pelo fato de Teerã apoiar o grupo militante libanês do Hezbollah. O Departamento do Tesouro adicionou hoje cinco companhias iranianas ligadas à Guarda Revolucionária e à linha mercante estatal à sua lista negra financeira.
Entre as empresas sancionadas há dois bancos e uma transportadora de mercadorias. As sanções impedem que essas companhias tenham acesso ao sistema financeiro dos EUA e congelam quaisquer bens que elas tenham sob jurisdição norte-americana. O diretor executivo de uma das empresas também passou para a lista negra.
O Tesouro dos EUA identificou ainda a Pars Oil and Gas Company como pertencente ou controlada pelo governo iraniano. Com isso, a empresa ficou sujeita a sanções no âmbito da nova lei norte-americana para impedir o financiamento de atividades ilegais.
As potências ocidentais acusam o Irã de esconder, sob seu programa nuclear civil, outro de natureza clandestina e aplicações bélicas, cujo objetivo seria a aquisição de armas atômicas. Teerã nega tais alegações.
As tensões sobre o programa nuclear iraniano se acirraram no final do ano passado após o Irã rejeitar uma proposta de troca de urânio feita por EUA, Rússia e Reino Unido. Meses depois, o país começou a enriquecer urânio a 20%.
Um acordo mediado por Brasil e Turquia para troca de urânio chegou a ser assinado com o Irã em maio. O acordo, porém, foi rejeitado pelo Grupo de Viena - composto por Rússia, França, EUA e AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) - e o Conselho de Segurança da ONU optou por impor uma quarta rodada de sanções ao país.
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