O anúncio da saída de Hosni Mubarak do governo egípcio seguiu um roteiro que tentou evitar a humilhação do presidente, avalia o embaixador do Brasil no país, Cesário Melantonio. "O que realmente se vê é uma estratégia de saída bem organizada, sem humilhação, sem que o orgulho saia ferido", disse ele, logo após a queda do líder, em entrevista à Globo News. "É claro que foi uma estratégia montada para que ele não precisasse admitir em público que deixaria o poder", disse Melantonio, que confirmou que o vice-presidente egípcio Omar Suleiman também deixou o cargo.
Segundo o embaixador, cerca de 14 milhões de pessoas estavam nas ruas do Egito no momento em que o anúncio foi feito, pela televisão e o clima geral é "de júbilo". "Hoje pela primeira vez milhares de pessoas chegaram ao Palácio Presiedencial", disse. "Muistas saíram, essa semana, em cidades pequenas e médias do Egito, realmente estava se alastrando por todo o país".
Melantonio disse que os manifestantes, que protestaram por mais de 3 semanas, atingiram seu objetivo principal. "Agora vamos ter que analisar todo o processo, como será conduzido", disse ele, apontando que a relação dos ministros e da oposição ainda precisa ser acertada.
Ele ressalta a importância da economia para a definição da disputa de poderes no Egito. "A questão econômica estava se agravando", disse. O que levou os militares a deixarem sua posição de relativa neutralidade.
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