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EUA criaram uma 'panela de pressão' no terceiro mundo, acusa Fidel Castro

EUA criaram uma 'panela de pressão' no terceiro mundo, acusa Fidel Castro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:58

O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, afirmou nesta segunda-feira que o presidente Barack Obama não está conseguindo administrar a 'panela de pressão' que os Estados Unidos criaram no mundo, dando como exemplo a situação atual no Egito e na Tunísia.

Ele criticou o que chamou de 'maquiavelismo' dos Estados Unidos em relação ao Egito, e alegou que enquanto Washington 'fornecia armas' ao Governo do Cairo, a Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) oferecia fundos à oposição do país árabe.

'Obama não consegue administrar a situação que criaram', escreve Fidel na última de suas 'reflexões' ao criticar os EUA sobre os eventos ocorridos em países como o Egito e Tunísia.

Sobre o caso da Tunísia, Fidel Castro qualifica de 'incrível' que Washington expresse agora 'sua felicidade' pela queda de Ben Ali quando, na sua opinião, foi o Governo dos Estados Unidos que impôs o neoliberalismo nesse país.

'Há poucos dias se derrubou o Governo da Tunísia, onde Estados Unidos tinha imposto o neoliberalismo e estava feliz de sua proeza política. A palavra democracia tinha desaparecido do cenário. É incrível como agora, quando o povo explorado derrama seu sangue e assalta as lojas, Washington expressa sua felicidade pela derrubada', assinala o ex-presidente cubano.

Em referência ao Egito, Castro aponta o país como principal aliado dos EUA no mundo árabe e diz que 'um grande porta-aviões e um submarino nuclear, escoltados por aviões de guerra norte-americanas e israelitas, cruzaram o Canal de Suez em direção ao Golfo Pérsico há vários meses, sem que a imprensa internacional tivesse acesso ao que ali ocorria'.

Segundo o líder cubano, milhões de jovens egípcios sofrem com o desemprego e a escassez de alimentos provocada na economia mundial, e 'Washington afirma que os apoia'.

Se questiona, finalmente, se os Estados Unidos poderão deter 'a onda revolucionária que atinge o Terceiro Mundo'. Também se refere brevemente em seu artigo à última reunião do Fórum Mundial de Davos que, resenha, 'se transformou em uma Torre de Babel, e os estados europeus mais ricos liderados pela Alemanha, Grã-Bretanha e França, só coincidem em seus desacordos com os Estados Unidos'.    

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