Apenas algumas horas antes de o presidente americano, Barack Obama, fazer o seu discurso sobre o Estado da União, seu comandante no Afeganistão, o general David H. Petraeus, ofereceu o equivalente ao seu "estado da Guerra do Afeganistão", que foi visivelmente mais otimista do que a avaliação da Casa Branca emitida no fim do ano passado. A avaliação do general, na forma de uma carta para as tropas postada no site da Otan, revelou uma luta na qual a máquina militar alocada no país ganhou em todas as frentes, ou esteve na iminência de fazê-lo. Ele descreveu a vitória como atingível apenas através de um esforço coordenado enorme para trazer segurança, boa direção e desenvolvimento econômico ao Afeganistão.
Garantir que a Al-Qaeda nunca usará o Afeganistão como um refúgio, ele pede "que ajudemos o Afeganistão a desenvolver a capacidade de proteger e governar a si próprio". "Isso requer a realização de uma campanha abrangente tanto civil quanto militar", afirma a carta.
Sua chamada para este esforço expansivo acontece no momento em que políticos, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, estão questionando a abrangência e o custo da missão, além do desafio de criar um governo moderno e responsável no Afeganistão.
Em geral a sua avaliação atinge um tom mais otimista do que o relatório da Casa Branca sobre a guerra, emitido na segunda metade de Dezembro, que cautelosamente descreveu as conquistas militares no país dizendo que eram "frágeis" e "reversíveis".
Evolução A avaliação de Petraeus sobre a guerra concentra-se principalmente na evolução positiva do lado militar, onde tem havido muito mais ganhos do que na área de direção ou desenvolvimento econômico. Ele disse que as tropas "impediram o declínio da segurança na maior parte do país" e aponta especificamente para a província de Cabul, a área ao redor da capital, onde houve poucos incidentes violentos ao longo do ano passado.
Ele também elogia vitórias militares nas províncias de Helmand e Kandahar, e diz que a Otan e as forças afegãs "causaram enormes prejuízos aos talebans de nível médio e dirigentes da rede Haqqani em todo o país, além de conquistarem alguns de seus mais importantes portos seguros".
Ele reconhece também as áreas onde a segurança tem diminuído no norte e nordeste dizendo que os "avanços dos insurgentes devem ser revertidos".
O general não deixa de advertir também que "os talebans e outros inimigos" vão lutar muito e que as tropas devem fazer de tudo para combatê-los.
O calendário para a realização de todos esses e muitos outros objetivos é 2014. Até lá, ele espera que as forças afegãs possam assumir o comando.
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