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EUA prendem mais de 30 em protestos contra o sistema financeiro

EUA prendem mais de 30 em protestos contra o sistema financeiro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:24

 Pelo menos trinta pessoas foram presas nesta sexta-feira (14) nos Estados Unidos quando a polícia dispersou protestos contra o sistema financeiro, informaram as autoridades.

Por outro lado, os manifestantes de Nova York, que originaram os protestos contra Wall Street, conseguiram nesta sexta-feira uma vitória temporária com a suspensão de uma ordem para abandonar a praça que ocupam.

"Vinte três pessoas foram presas, 21 pela patrulha estadual do Colorado e duas foram presas pelo departamento de polícia de Denver", disse o sargento Mike Baker, da patrulha do Colorado, France Presse.

O motivo para desmantelar as manifestações foi permitir tarefas de limpeza, informou a imprensa local citando a polícia.

Manifestantes enfrentam policiais durante marcha contra o sistema financeiro

 nesta sexta-feira (14) próximo a Wall Street, em Mahhattan (Foto: AP)

  No desalojamento do acampamento instalado em um parque em frente ao Capitólio, no centro de Denver, participaram 135 oficiais da patrulha estadual, detalhou o porta-voz.

Segundo o canal de notícias Fox, houve breves confrontos e empurrões entre os manifestantes e a polícia, mas o desalojamento foi realizado com calma e sem deixar feridos.

Os manifestantes tinham prazo até as 23h locais de quinta-feira para desalojar o parque, e a polícia começou a desmantelar as barracas às 3h30 da madrugada de sexta-feira, informou a Fox.

Também em San Diego foi preso um homem que se negava a deixar o acampamento instalado perto da prefeitura em apoio ao movimento nova-iorquino, informou Boyd Long, do Departamento de Polícia dessa localidade do sudoeste da Califórnia.

A polícia de San Diego havia dado na quinta-feira um ultimato aos manifestantes - que estavam há uma semana acampados no local - para que se tirassem antes da meia-noite suas "propriedades pessoais não autorizadas".

Às 8h locais de sexta-feira, a polícia já tinha desmontado toda a ocupação e não foram reportados confrontos, apesar de os manifestantes continuarem portando cartazes no local. "Continuaremos defendendo seu direito de protestar", disse o oficial Long.

"As pessoas podem ficar. Isso é o que importa", escreveu Valerie Truluv na página do movimento de San Diego no Facebook, após a expulsão.

Paralelamente, os manifestantes do movimento "Occupy Wall Street" (Ocupem Wall Street) de Nova York conseguiram nesta sexta-feira uma vitória temporária com a suspensão de uma ordem para abandonar a praça onde estão acampados desde 17 de setembro, informou a prefeitura da cidade, que exigia a saída dos ativistas para limpar a região.

A prefeitura de Nova York informou em um comunicado que o proprietário da Praça Zuccotti "adiou a limpeza do parque" prevista para esta sexta-feira, durante a qual estava programada a retirada dos manifestantes.

Pouco depois, pelo menos três manifestantes foram detidos em confrontos com a polícia, que atuou contra ativistas que protestavam na rua, o que não é permitido.

O anúncio da suspensão da ordem de saída provocou uma intensa comemoração dos milhares de manifestantes e simpatizantes que estavam reunidos no local para evitar a ordem de expulsão.

O prazo concedido pelas autoridades para o esvaziamento do local terminava às 7h locais (8h de Brasília).

Os manifestantes do "Occupy Wall Street" já haviam afirmado que permaneceriam na Praça Zuccotti.

"Não sairemos! Não sairemos!", gritavam os manifestantes, enquanto outros pediam calma. Alguns cartazes exibiam frases como "Policiais, não preferiam prender um banqueiro?" e "Liberdade de reunião".

Durante a noite, os manifestantes organizaram a limpeza da praça.

No comunicado, o prefeito Michael Bloomberg afirma que os proprietários da praça esperam chegar a um "acordo com o movimento para que o parque permaneça limpo, seguro e utilizável pelo público, e respeitando as lojas e moradores".

"O povo unido jamais será vencido", gritou a multidão ao tomar conhecimento do adiamento da limpeza.

Na noite de quinta-feira, o OWS publicou em seu site um apelo para evitar o fechamento forçado do acampamento, com uma ação não violenta.

O movimento denuncia há quatro semanas a avareza Wall Street e a corrupção dos mais ricos, "o 1%".

Durante a manhã desta sexta-feira, 2.000 pessoas se uniram ao protesto na praça que fica no coração do distrito financeiro de Wall Street, cercada por barreiras e com forte presença da polícia.

O proprietário da Praça Zuccotti pretendia limpar o local durante todo o dia. O comissário de polícia de Nova York, Ray Kelly, disse que depois os manifestantes poderiam retornar, mas obedecendo as normas do parque privado que fica aberto ao público, o que significava nada de barracas e sacos de dormir.

O manifestantes que dormem ao ar livre denunciaram uma manobra para tentar acabar com o movimento.

Manifestantes encaram policiais durante protesto próximo a Wall Street nesta sexta-feira (14) (Foto: AP)  

Manifestantes pretendem fazer protestos de apoio ao grupo em 71 países no sábado (15).          

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