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Ex-dirigente do Khmer Vermelho pede perdão e que o esqueçam

Ex-dirigente do Khmer Vermelho pede perdão e que o esqueçam

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:36

A defesa do antigo chefe de Estado do Khmer Vermelho, Khieu Samphan, pediu nesta quarta-feira (29) aos cambojanos que o perdoem e o esqueçam. O pedido foi feito durante a audiência realizada no tribunal internacional da ONU (Organização das Nações Unidas) contra quatro dirigentes responsáveis pela morte de 2 milhões de pessoas no Camboja entre 1975 e 1979.

Na segunda-feira (27) ocorreram em Phnom Penh (capital do país) as primeiras sessões do julgamento contra Khieu Samphan, Nuon Chea (número dois do regime), Ieng Sary (ex-ministro de Relações Exteriores) e Ieng Thirith (ministra de Assuntos Sociais).

Os quatro - com idades entre 79 e 85 anos - são acusados por genocídio, crimes contra a humanidade e de guerra, assassinato, tortura e perseguição por razões religiosas e de raça. A defesa pediu que as acusações de assassinato, tortura e perseguição religiosa sejam arquivadas. Segundo o Código Penal do Camboja de 1956 (que valia durante o regime do Khmer Vermelho), esses crimes prescreveram.

Os advogados de Ieng Sary apresentaram ontem o mesmo argumento, ao afirmar que prescreveu a acusação de crimes de guerra, e consideraram que o processo é uma violação do direito de seu cliente. Pol Pot e Ieng Sary foram condenados à revelia em 1979 por um tribunal no Camboja quando caiu o regime do Khmer Vermelho.

O promotor do caso, no entanto, rejeitou a teoria da prescrição das acusações. Segundo ele, o Camboja esteve em guerra civil até os acordos de Paz de Paris em 1991; sendo assim, o sistema judiciário do país não tinha independência e não podia oferecer garantias legais.

Nuon Chea manteve hoje a mesma conduta que apresenta desde segunda-feira e voltou a deixar a sala para mostrar sua inconformidade com processo que considera injusto. Os trabalhos devem ser concluídos na quinta-feira (30) com a revisão do número de 1.092 testemunhas propostos pela defesa, promotoria e partes civis. A apresentação de provas e testemunhas deve começar em setembro.

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