Elmer "Geronimo" Pratt, membro do movimento Panteras Negras, morreu aos 63 anos na casa em que morava, em uma pequena cidade da Tanzânia, segundo informou nesta sexta-feira (3) a irmã dele, Virgínia. Segundo ela, o óbito ocorreu no dia anterior. A causa da morte não foi revelada.
Elmer "Geronimo" Pratt após ser liberto em 1997 e em imagem de 1971, um ano antes de ser preso injustamente (Foto: AP) A informação foi divulgada pelo advogado de Pratt, Stuart Hanlon, que foi avisado da morte por Virgínia.
Pratt se tornou um símbolo da discriminação racial quando foi detido em 1972 acusado de assassinar uma mulher e ferir gravemente o marido da vítima em um assalto que rendeu apenas 18 dólares. O ex-Pantera Negra ficou 27 anos detido injustamente, como foi provado depois pela investigação.
O depoimento chave do caso veio de um ex-membro do grupo que, segundo arquivos do governo, trabalhava como informante do FBI. Pratt disse que a polícia o mantinha sob vigilância e sabia que era inocente, mas que foi acusado por ser negro e ativista do grupo.
A condenação foi anulada em 1997, e mais tarde um juiz federal aprovou uma indenização de US$ 4,5 milhões.
Pratt nasceu em 1947 no estado sulista da Louisiana, em um momento de forte segregação e racismo generalizado.
Aderiu aos Panternas Negras no fim dos anos 60, depois de servir o Exército na guerra do Vietnã, onde ganhou várias medalhas.
"Geronimo foi um líder poderoso", disse Hanlon ao jornal Los Angeles Times. "Por esta razão foi um alvo", completou.
Mas Hanlon disse que Pratt não guardava rancor e estava em paz consigo mesmo.
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