Exército sírio lança forte ofensiva contra cidade de Saraqeb

EFE

Tropas invadem cidade por vários pontos e população foge para áreas rurais

O Exército sírio lançou neste sábado uma ofensiva terrestre contra a cidade setentrional de Saraqeb, na província de Idleb, que é também alvo de fortes bombardeios. Badredin Shalash, membro do grupo Comitês de Coordenação Local (CCL), de oposição ao regime de Bashar Al-Assad, em Saraqeb, detalhou por telefone que as tropas invadiram a cidade por vários pontos no início da manhã e que os bombardeios destruíram várias casas e o centro de informação de seu grupo. "Os projéteis atingem todas as partes e estão provocando uma grande fuga da população nos arredores da cidade para as zonas rurais", afirmou Shalash.

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Em Saraqeb estão desdobrados rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS), mas por enquanto não foram registrados confrontos entre este grupo e as tropas governamentais. O ativista assinalou que os membros do ELS, composto por desertores e civis que pegaram em armas, estão ajudando na evacuação da população.

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Por sua parte, um dos porta-vozes oficiais dos CCL, Emad Hozari, informou que nesta operação militar participam dezenas de carros de combate e veículos militares, apoiados por soldados das forças de segurança e "shabiha" (tropas do regime de Bashar al Assad). Hozari, que também é membro do principal órgão opositor, o Conselho Nacional Sírio (CNS), disse que a ofensiva ocorreu porque "Saraqeb é um importante reduto da oposição e do ELS".

Enquanto isso, a também opositora Comissão Geral da Revolução indicou que estão sendo realizadas amplas campanhas de detenções. O ataque contra Saraqeb acontece depois de o Exército atacar durante vários dias a cidade de Idleb, próxima à fronteira com a Turquia, e recuperar seu controle no último dia 14, véspera do primeiro aniversário do início do levante popular contra o regime de Assad.

Os bombardeios das forças governamentais também castigaram neste sábado a província de Homs, um dos principais feudos opositores, onde morreram pelo menos sete pessoas, segundo os CCL.

A violência persiste na Síria apesar do aumento das sanções contra o regime e as tentativas de mediação internacionais, lideradas pelo enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, que deve se reunir neste fim de semana com as autoridades russas e chinesas, aliadas de Damasco.

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