O Exército tailandês enviou reforços nesta terça-feira, incluindo mais de 500 soldados e artilharia, à zona fronteiriça em disputa com o Camboja após cinco dias de hostilidades. Pelo menos cinco pessoas, entre eles um civil tailandês e outro cambojano, morreram durante o fim de semana em vários combates com disparos de artilharia em uma região nos arredores do templo de Preah Vihear.
Os Governos dos dois países, que mantêm o alerta máximo, se acusam de ter começado a disparar contra o lado contrário, enquanto o Conselho de Segurança da ONU se ofereceu para mediar uma solução para o conflito.
Milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira tiveram que deixar seus lares quando aconteceram os primeiros enfrentamentos entre sexta-feira e sábado.
O Governo cambojano denunciou que a artilharia tailandesa provocou o afundamento de uma das alas do templo do século XI, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2008.
O primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, solicitou à ONU o desdobramento de forças de paz diante dos "atos de agressão" que atribui à Tailândia.
Já o chefe do Governo tailandês, Abhasit Vejjajiva, defendeu a atuação do seu Governo, que sofre pressão da aliança nacionalista dos "camisas amarelas", que o criticam por sua atuação na disputa territorial com o Camboja.
Camboja e Tailândia travam o conflito desde julho de 2008, quando a ONU reconheceu o templo de Preah Vihear como Patrimônio da Humanidade no Camboja.
A Tailândia admite que o conjunto monumental se encontra em território cambojano, assim como sentenciou em 1962 a corte internacional de Haia, mas reivindica uma zona de 6,4 quilômetros quadrados situada nos arredores.
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