Militantes do Taliban lançaram na madrugada de terça-feira pelo menos nove foguetes contra a capital afegã Cabul, alguns dos quais caíram perto de embaixadas de países ocidentais, segundo policiais e testemunhas.
Foi o maior ataque desse tipo em vários anos, coincidindo com a reta final da campanha para a eleição presidencial do dia 20 no Afeganistão.
Dois dos mísseis caíram no bairro de Wazir Akbar Khan, onde ficam as embaixadas dos EUA e da Grã-Bretanha e a sede da Isaf, força militar internacional comandada pela Otan.
O Taliban prega um boicote ao pleito, a segunda eleição presidencial direta desde a queda do regime islâmico em 2001. A violência no Afeganistão está atualmente em seu maior nível em quase oito anos de conflito, e se agravou devido à ofensiva norte-americana de julho contra Helmand, reduto do Taliban no sul do país.
Imagens de TV mostraram que pelo menos um foguete caiu perto de um hospital localizado próximo à embaixada dos EUA. Outros foguetes caíram em diferentes bairros, estilhaçando vidraças e assustando os moradores. Uma criança ficou ferida.
Em outro incidente, um governador provincial escapou ileso de explosões junto aos carros da sua comitiva, em uma estrada próxima à saída oeste de Cabul, segundo um porta-voz.
Moradores disseram que o ataque de terça-feira foi o mais intenso dos últimos anos em Cabul. Neste ano, o Taliban tem agido com mais intensidade fora dos seus redutos no leste e sul, mas até agora não tinham realizado ações importantes na capital.
O Taliban disse ter lançado 12 foguetes contra a cidade, tendo como alvo principal o aeroporto civil-militar da cidade.
Uma porta-voz da Isaf disse haver relatos de que entre 5 e 12 foguetes caíram na capital. Ela acrescentou que nenhum atingiu as instalações da Isaf, que mesmo assim está investigando o fato.
Falando num comício em Gardez (leste), o presidente Hamid Karzai reiterou seu apelo para que os militantes participem da eleição ao invés de boicotá-la. "Convido-os a virem para a votação e para a paz neste país", disse.
O Taliban rejeita repetidamente tais apelos, dizendo que não será possível qualquer negociação de paz enquanto houver forças estrangeiras no país.
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